Anvisa libera vacina da Pfizer a todo o país

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Foto: Aline Massuca/Metrópoles

A coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fontana, afirmou que, com as novas determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde poderá distribuir a vacina da Pfizer aos 5.570 municípios brasileiros.

A declaração foi dada nesta sexta-feira (28/5) durante coletiva de imprensa. De manhã, a Anvisa aumentou de cinco para 31 dias o prazo pelo qual a vacina da Pfizer pode ficar em geladeiras comuns, com temperaturas controladas entre 2 °C e 8 ºC.

Inicialmente, as primeiras doses, que chegaram ao país em abril, foram distribuídas apenas às capitais das 27 unidades da Federação. Segundo o Ministério da Saúde, os demais municípios não tinham capacidade para armazenar os fármacos em baixas temperaturas durante o tempo exigido pela Anvisa.

No começo desta semana, o ministério ampliou a distribuição para os municípios. Segundo Francieli Fontana, aproximadamente 1,4 mil cidades tiveram autorização para receber o fármaco. Agora, com a nova medida da Anvisa, todo o país será contemplado.

“O país ganha muito em ampliação dessa vacinação. A gente passa de cinco para 31 dias. Vamos conseguir capilarizar para os 5.570 municípios do Brasil. Claro que vai precisar ter capacitação”, explica a coordenadora.

Francieli destacou que, desde que os imunizantes chegaram ao Brasil, técnicos do Ministério da Saúde já participaram de sete capacitações para garantir o manejo adequado dos fármacos. Outras cinco mentorias estão previstas para os próximos meses, sob acompanhamento de representantes da Pfizer.

A coordenadora do PNI explicou que a entrega da vacina aos municípios de difícil acesso será trabalhosa. Por isso, essas cidades terão apoio do governo federal para receber os fármacos. “Algumas regiões do país precisarão do nosso apoio nesse encaminhamento. Mas o Ministério da Saúde vem fazendo um esforço para poder disponibilizar essa vacina para os 5.570 municípios”, explicou.

O Ministério da Saúde informou, nesta sexta, que organiza a compra de 183 freezers junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Segundo Francieli, os aparelhos serão colocados em “pontos estratégicos” do país.

Ela explicou que, atualmente, o Brasil tem 27 centrais estaduais, 273 regionais e 3.342 municipais para armazenamento de fármacos a frio. “A gente, neste momento, começa a trabalhar para melhorar a estrutura dessa rede”, garantiu.

O Brasil possui dois contratos assinados com a Pfizer para a compra de vacinas contra a Covid-19. O primeiro deles, de 100 milhões de doses, foi assinado em março e já está em vigência. Do quantitativo, o país recebeu 1 milhão, em abril, e 2,5 milhões, em maio. Para o mês de junho, estão previstos mais 12 milhões de unidades.

As primeiras entregas do próximo mês começam nos dias 1º, 2 e 3/6, divididas em três voos. As duas primeiras aeronaves pousam no Aeroporto de Viracopos, em São Paulo, com 936 mil unidades cada.

A terceira entrega contará com 527 mil doses, totalizando 2,3 milhões de imunizantes entregues na semana. Essa dinâmica será repetida semanalmente no mês de junho. O restante das vacinas do primeiro contrato de 100 milhões deve ser entregue no segundo semestre.

Além disso, também em junho, há a possibilidade de o país receber 842 mil doses da Pfizer, adquiridas por meio do consórcio internacional Covax Facility. Um outro contrato para compra de mais 100 milhões de vacinas da Pfizer foi assinado pelo governo federal neste mês. No entanto, as unidades devem chegar ao Brasil somente no último trimestre.

Metrópoles