Ato pró-Bolsonaro tem vestes da Ku Klux Klan

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Foto: Cláudia Santana Damata / Afoxé Pilão de Prata da Cidade de Goiás

Imagens de um ato realizado no município de Goiás no último sábado, dia 1º, têm provocado manifestações de revolta nas redes sociais. Fotos mostram duas pessoas com vestes semelhantes às usadas por adeptos do movimento supracista branco Ku Klux Klan, segurando uma faixa com a frase em destaque “Deus, perdoe os torturadores”, e um cartaz menor abaixo dizendo “Nosso Brasil pertence ao senhor Jesus” e ainda “Direita com Bolsonaro”.

Por meio de nota divulgada em rede social, a Associação Cultural Pilão de Prata da cidade de Goiás repudiou o ato, ressaltando que ele “agiu violentamente de forma racista e criminosa criando aspectos de violência simbólica latente inspirados na seita Ku Klux Klan, assassina de povo negro”.

A organização explicou que a escolha do local para realizar a manifestação também foi ofensiva.

“Justo em solo sagrado e patrimonial da cultura afro-brasileira da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos erguida às custas do flagelo do povo negro e de seus remanescentes”, afirmou, acrescentando que o “símbolo religioso da cidade de Goiás” foi manchado e que o episódio seria “digno de medidas jurídicas de responsabilização pelos diversos crimes cometidos”, como apologia à tortura e racismo.

“Inescrupulosos caminharam pelo território quilombola em afronta à vida destes que carregam consigo o legado de seus antepassados”, criticou. “Em um momento tão crítico com mais de 400.000 (quatrocentos mil) mortos numa pandemia descontrolada profanaram o chão de Oxum, da Rainha Zinga, dos Bantus, das nossas crianças e dos nossos velhos”.

Segundo a associação afro-brasileira, as vestes fazem referência à tradicional Procissão do Fogaréu, realizada naquele município na Semana Santa, mas com o uso de roupas coloridas.

Inclusive, a própria entidade que organiza o evento anual religioso, Organização Vilaboense de Artes e Tradições (Ovat), esclareceu que não teve participação no ato e tampouco está ciente sobre os responsáveis por ele.

“Em detrimento da repercussão negativa que isso ensejou, tomaremos todas as medidas cabíveis junto as autoridades competentes: MP, Polícia Civil, MPF, Polícia Federal e OAB, e a estas nos colocamos à disposição naquilo que for necessário para averiguar a autoria deste fato”, acrescentou, frisando que suas atividades prezam pela “harmonia com as demais religiões, o respeito entre elas e a ampla defesa aos direitos humanos”.

A organização se posicionou como contrária a “incitação à ditadura, intolerância religiosa e étnica, preconceitos, silenciamentos, tortura, violência e quaisquer que sejam os atos que estimulem a violação dos direitos difusos e sociais”.

Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás, a professora Natália Pessoni contextualizou a situação em uma série de postagens no Twitter feitas neste domingo, dia 2.

“Como professora de História não dá pra ficar calada. Preciso gritar! Mesmo que seja só pra esclarecer quem não viu nada demais nisso aí…”, afirmou. “Como sabemos existem vestes de várias cores, então a escolha das vestes brancas não foi aleatória, visto que elas são idênticas às históricas vestes da Ku Klux Klan”.

 

O Globo 

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