Áustria também não quer mais vacinas AstraZeneca

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Foto: Reprodução

A Áustria decidiu nesta terça-feira, 18, que vai deixar de usar as vacinas da farmacêutica AstraZeneca devido a problemas de entrega e má reputação. Os austríacos se juntam a Dinamarca e Noruega, que já haviam tomado a decisão devido a efeitos colaterais raros, porém graves.

“Provavelmente continuaremos administrando as primeiras doses até o início de junho, mas é só. A AstraZeneca será abandonada”, disse o ministro da saúde, Wolfgang Mückstein ao canal privado Puls 24, na última segunda-feira, 17.

Os motivos que levaram a tomada de decisão por parte da Áustria foram os recorrentes atrasos nas entregas de novas remessas, inclusive levando a abertura de processo por parte da Comissão Europeia, além da desconfiança da população com os raríssimos casos de trombose registrados em pacientes que tomaram as doses dos imunizantes.

Nesse sentido, Mückstein, que também é médico, concordou com o parecer da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) de que se trata de uma vacina “segura e de alta proteção”. Com a interrupção da AstraZeneca, a Áustria continuará vacinando a sua população com as doses da Pfizer/BioNTech e da Moderna, ambas utilizando a tecnologia do RNA mensageiro.

Em meados de abril, a Dinamarca optou por encerrar a aplicação das doses da farmacêutica anglo-sueca, tornando-se o primeiro país a tomar tal medida. Em maio, a Noruega seguiu pelo mesmo caminho. Outros países europeus não chegaram a interromper a aplicação, porém impuseram limites de idade.

A Áustria já aplicou, até o último dia 17, mais de 3 milhões de doses contra o novo coronavírus, o equivalente a mais de 33% de sua população. Desde o início da pandemia, foram registrados 638 mil casos de Covid-19 no país, totalizando 10.480 mortes.

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