Europa se fecha contra nova cepa indiana

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Foto: Reprodução

Abrindo o final de semana, Frankfurter Allgemeine Zeitung, Handelsblatt e outros alemães destacaram que o Reino Unido agora é “área de variante de vírus”, com a entrada de britânicos na Alemanha sendo “severamente restrita”.

Surgiu também no alto do New York Times, “Alemanha veta maioria dos que viajam do Reino Unido”. O problema é “a variante que foi descoberta primeiro na Índia”, onde ela seria responsável pela “devastadora segunda onda”.

E o britânico The Observer revelou que o governo do país “tentou bloquear dados sobre a disseminação da variante nas escolas inglesas”. Com a imagem abaixo, de cartaz em escola, o jornal reportou que, pelos documentos, o primeiro-ministro “se envolveu diretamente na decisão de não divulgar”.

Após a decisão alemã de restringir a entrada, o governo britânico soltou relatório dizendo que a vacina mais usada no país, da britânica AstraZeneca, “funciona bem contra a variante encontrada na Índia”, na chamada do britânico Financial Times.

O FT, pouco antes, já havia manchetado entrevista com o presidente da AstraZeneca, adiantando parte do relatório e criticando a União Europeia por não querer mais comprar a vacina da empresa. “Tem muito país ao redor do mundo que quer”, falou.

Ele também confirmou, como denunciava a UE, que “o governo britânico teve prioridade no fornecimento, como parte do acordo com a Oxford, antes que a AstraZeneca entrasse como parceira”.

Segundo o Nikkei, o governo do Japão “pausou” a produção da vacina da AstraZeneca no país no momento em que iria começar, após aprovação emergencial, e ela agora está num “limbo regulatório”. Em suma, “o destino de 120 milhões de doses da vacina permanece no ar”.

Nos EUA, até hoje, o imunizante não recebeu aprovação.

O britânico Sunday Times destacou que Dominic Cummings, que era o principal assessor do primeiro-ministro Boris Johnson, acusa o governo de ter adotado uma “política secreta de imunidade de rebanho” contra a Covid até a “véspera do primeiro lockdown”.

E só abandonou quando foi avisado que levaria a “centenas de milhares sufocando até a morte” nos hospitais.

O NYT manchetou no site e abriu quatro fotos na capa de domingo para “A miséria da vida sob ocupação israelense”, com as “indignidades diárias contra palestinos”.

Já o Wall Street Journal destacou na home, ao longo do domingo, três jovens palestinas durante protesto em Jerusalém e a solidariedade dos “palestinos antes dispersados”.

Folha de S. Paulo