Metrô de SP suspende greve

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

Os metroviários de São Paulo decidiram, por votação, encerrar a greve iniciada nesta quarta (19) e continuar a negociar o reajuste salarial e a manutenção de direitos em atividade. Mais cedo, não houve acordo na audiência de conciliação com o Metrô, mediada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região).

O Metrô afirmou que não pode atender às propostas do Ministério Público e do Tribunal Regional do Trabalho, mas, pode melhorar a sua proposta do dia 17 de maio, antecipando o pagamento da PR (Participação nos Resultados) de 31 de janeiro de 2022 para 31 de agosto de 2021 e o abono salarial de 31 de março de 2022 para 31 de janeiro de 2022.

A maioria dos profissionais, porém, aceitou o acordo proposto pelo tribunal e espera continuar as negociações com o Metrô com o fim da paralisação. A partir da madrugada desta quinta (20), serão normalizados os serviços nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho).

“Categoria decidiu que diante da situação vamos aceitar. Agora, vamos esperar que o tribunal ratifique o acordo e o Metrô o aceite. Se não, vamos voltar com a nossa mobilização”, afirma Altino de Melo Prazeres Júnior, diretor do sindicato.

Dos 3.274 participantes, 3.064 (93,5%) aprovaram a proposta do TRT, 2.633 (80,4%) pessoas rejeitaram a do Metrô e 2.488 (75,9%) concordaram com a suspensão da greve.

A categoria também decidiu continuar a mobilização, com a utilização dos coletes, e realizar assembleia na próxima terça-feira (25/5).

Em nota, o Metrô afirma que “em reunião de conciliação realizada nesta quarta-feira (19), o Metrô, o Tribunal Regional do Trabalho e o Ministro Público do Trabalho e o Sindicato dos Metroviários concordaram com a suspensão da greve, mediante uma Cláusula de Paz.”.

“O Metrô vai operar normalmente nesta quinta-feira, 20, a partir de 4h40”, afirma a empresa.

As negociações com o Metrô começaram em março. Entre as principais reivindicações dos metroviários estão a reposição salarial de aproximadamente 10%, referente à inflação acumulada dos últimos dois anos, e a manutenção de direitos como os adicionais noturnos de 50% e de férias de 70% sobre o salário.

A greve foi aprovada em assembleia virtual após mais uma rodada malsucedida de negociações com o Metrô. Após recusar uma proposta apresentada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e apresentar outra, que foi considerada “inaceitável” pela categoria, o Metrô não compareceu à segunda audiência de conciliação, na terça (18).

Folha de S. Paulo