Mídia internacional comemora protestos contra Bolsonaro

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Foto: Nelson Almeida/AFP

Da CNN ao noticiário Tagesschau, da TV estatal alemã, “Dezenas de milhares protestam contra Bolsonaro”.

Também por jornais do francês Le Monde ao inglês The Guardian, “dezenas de milhares”. O primeiro levou ao título a declaração “Ele é mais perigoso do que o vírus”.

O segundo destacou que os manifestantes foram às ruas em mais de 200 cidades, na “maior mobilização anti-Bolsonaro desde que irrompeu a Covid no Brasil”.

O espanhol El País e o francês Libération ressaltaram o protagonismo da oposição nos protestos, com os títulos “Esquerda vai às ruas pela primeira vez na pandemia” e “Show de força da esquerda”, respectivamente.

O argentino La Nación descreveu o presidente brasileiro como “enfraquecido”, em sua chamada sobre o “dia de protestos”.

O correspondente abre dizendo que “Bolsonaro atravessa dias de más notícias”. Cita pesquisa em que é “derrotado de forma volumosa por Lula” e a conversa deste com FHC, “reunião de alto conteúdo simbólico que apontou que parte da centro-direita está disposta a convergir em 2022 com a esquerda”.

Antes mesmo dos protestos, as novas edições de revistas semanais como a inglesa The Economist e a alemã Der Spiegel publicavam, respectivamente, que “Bolsonaro está sitiado” e “mais impopular do que nunca”.

Ambas sublinham seus esforços para reagir, com “toma lá dá cá (give and take)” ou simples “distração —numa motocicleta”.

O correspondente do New York Times não cobriu as manifestações de sábado, optando por dar atenção aos brasileiros que, entre outros latino-americanos, “se dirigem aos EUA para se vacinar”.

Mas são só aqueles “latino-americanos ricos” e políticos como o argentino Mauricio Macri e o peruano César Acuña, estes após falarem que não iriam fazê-lo. E eles todos “se sentem culpados”.

Também no NYT deste domingo (30), a seção “At Home”, em casa, anunciou aos leitores que, após 57 semanas e “com a pandemia diminuindo nos EUA”, aquela era a sua última edição.

Manchete de domingo do Le Monde ao alemão Süddeutsche Zeitung, “Como líderes da União Europeia como Angela Merkel foram espionados a partir da Dinamarca pela NSA”, dos EUA.

Relatórios de investigações obtidos pela TV estatal dinamarquesa DR mostram que um acordo com o serviço de espionagem do país manteve o acesso da agência americana aos cabos que passam pelo país (mapa acima) com telefonemas e mensagens, mesmo depois das denúncias de Edward Snowden em 2013.

Folha de S. Paulo