Renan e Aziz chamam Wjangarten de “mentiroso”

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Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

A sessão da CPI da Covid no Senado precisou ser suspensa por cinco minutos após o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), chamar o ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten de mentiroso. Calheiros questionava Wajngarten por sua declarações dadas à revista “Veja”. Ao continuar o depoimento, Calheiros disse que poderia pedir a prisão de Wajngarten. Ele afirmou que vai requerer os áudios da entrevista à Veja.

— Se mentiu à Veja e a esta comissão, vou requerer a forma da legislação procesusal a prisão do depoente — disse Calheiros.

O senador governista Marcos Rogerio (DEM-RO) reclamou da ameaça de prisão e disse que ela só seria possível em flagrante.

— Isso é abuso de autoridade — reclamou Rogério.

Antes de suspender a sessão, Renan acusou o ex-secretário de mentir à CPI.

— Vossa Excelência exagerou na mentira. Hoje, aqui no depoimento. Vossa senhoria citou uma fala da campanha com Otávio Mesquita como modelo de esclarecimento. Mas mentiu para a CPI, porque falava para o Brasil… — disse Calheiros, pouco antes de ser interrompido por outros senadores e a sessão ser suspensa.

Wajngarten tentou tangenciar as perguntas feitas sobre a entrevista, provocando a reação de Calheiros e do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Eles reclamaram que o ex-secretário estaria mentindo.

— Está tangenciando as perguntas. Depois a gente toma uma medida mais radical, e aí vão dizer que somos isso e aquilo. Por favor, não menospreze a nossa inteligência. Ninguém é imbecil aqui. O senhor está mentindo aqui para todos nós. Chamou Pazuello de incompetente? — questinou Aziz.

— A revista não diz isso e eu não chamei. Basta ler a revista — respondeu Wanjgarten.

— O senhor está advertido — disse Calheiros.

— Está confiando em que lá na frente? Tem consequências futuras. Processo não acaba amanhã. A gente se sente meio protegido quando tem o poder por trás da gente. Depois que não tem poder, ficar abandonado. Dou um conselho: seja objetivo e verdadeiro — devolveu Aziz.

 

O presidente da CPI lembrou que Wajngarten só foi chamado à CPI por causa da entrevista que deu à “Veja”, publicada no mês passado. Na época, ao ser questionado por que a negociação com a Pfizer não foi em frente, ele disse que foi por “incompetência e ineficiência”. Perguntado então se estava se referindo a Pazuello, ele disse que se referia à “equipe que gerenciava o Ministério da Saúde nesse período”. Também eximiu Bolsonaro de responsabilidade e disse que “ele era abastecido com informações erradas, não sei se por dolo, incompetência ou as duas coisas”.

Durante o intervalo, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do Planalto, entrou no plenário da CPI e discutiu com alguns senadores, que reclamaram da sua presença.

O senador Renan Calheiros disse que Zambelli não faz parte da comissão, mas ela rebateu dizendo que a reunião estava interrompida naquele momento e que poderia continuar ali.

Nas redes sociais, Zambelli reclamou que Wajngarten estaria sendo “humilhado” pelos membros do colegiado, citando frase de Omar Aziz na qual ele disse que o ex-secretário só foi lembrado por entrevista que deu à revista Veja com críticas ao ex-ministro Eduardo Pazuello.

Na volta da sessão, Aziz chegou a falar de “medida mais radical” contra Wajngarten. Também advertiu que, caso não seja objetivo, o ex-secretário poderá ser dispensado e depois ser convocado novamente não mais como testemunha, mas como investigado.

— Com todo o respeito que o senhor merece aqui na comissão, se Vossa Excelência não for objetivo nas suas respostas, nós iremos dispensá-lo desta comissão, pediremos à revista Veja que mande a degravação e o convocaremos de novo, mas já não mais como testemunha e sim como investigado — disse Aziz — Caso eu veja que Vossa Excelência está tangenciando com relação às perguntas, eu irei dispensá-lo do seu depoimento aqui.

O senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) reclamou de que Wajngarten estaria sendo humilhado durante seu depoimento. Aziz reagiu:

— Não estou humilhando ninguém. Eu sou uma pessoa boa. Longe de mim querer humilhar aqui. Agora, não dá para esquecer mais de 400 mil vidas.

O Globo 

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