Rodrigo Garcia entra no PSDB e Alckmin deve sair

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Foto: Silvia Costanti / Valor

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, deixará o DEM para se filiar ao PSDB nesta sexta-feira e tentar concorrer ao cargo do governador João Doria em 2022. O movimento foi articulada pelo próprio Doria e isola ainda mais o ex-governador Geraldo Alckmin, que estuda deixar o PSDB para disputar a eleição.

Um dia antes da filiação, está previsto um encontro de Garcia com dirigentes e vereadores do PSDB para selar a entrada no partido, segundo o presidente do diretório municipal da legenda, Fernando Alfredo.

O PSDB espera que a migração de Garcia leve também prefeitos e lideranças do DEM para a sigla. Em 2018, o DEM foi o segundo partido que mais elegeu prefeituras no Estado de São Paulo, 68, só atrás do próprio PSDB, que elegeu 172.

Com a filiação de Garcia, Doria estuda deixar o governo paulista no início do próximo ano para o vice-governador. O tucano pretende concorrer à Presidência da República se tiver apoio do PSDB.

A articulação feita por Doria para levar Garcia ao PSDB tem gerado críticas tanto de tucanos como de lideranças nacionais do DEM.

No PSDB, lideranças do partido e prefeitos ligados a Alckmin pretendiam lançar o ex-governador para concorrer mais uma vez ao governo paulista em 2022. Tucanos próximos a Alckmin reclamam da entrada de um nome novo no partido para ser candidato, sem história dentro da legenda, e ressaltam a liderança do ex-governador nas pesquisas de intenção de voto, como a divulgada pela XP/Ipespe no início de abril.

Alckmin já comandou o Estado por quatro vezes e resiste à ideia de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, como Doria tem defendido. Para concorrer ao Senado, ele teria de negociar com o senador José Serra, que poderá tentar um novo mandato em 2022. Procurado pelo Valor, Alckmin não quis se pronunciar.

Sem espaço dentro do PSDB, ele tem sido cortejado por diferentes partidos para disputar o governo paulista. Os convites partiram de dirigentes do PSB, PSL, PV e até mesmo do DEM.

Se quiser concorrer pelo PSDB, Alckmin terá de pressionar o partido para realizar uma prévia com Garcia. Doria resiste a essa ideia. Quando convidou o vice-governador para migrar para o PSDB, ele disse que Garcia seria o candidato do partido e não teria que enfrentar uma disputa interna, segundo informações de aliados do governador.

No DEM, a saída de Garcia também tem gerado desgastes com Doria. O partido esperava disputar o governo de São Paulo com o apoio do tucano, e não perder o vice-governador para o PSDB. Nos bastidores do partido, lideranças nacionais têm dito que Doria queimou pontes e que poderá ficar sem o apoio do partido em 2022.

O governador paulista costurou o apoio do DEM e do MDB para sua eventual candidatura presidencial em 2022 durante as eleições do ano passado, na composição da chapa de reeleição do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).

Doria articulou a indicação do presidente municipal do MDB de São Paulo, Ricardo Nunes, para a vice na chapa de Covas, e ofereceu ao DEM o apoio ao governo paulista em 2022, com Rodrigo Garcia. Agora, dirigentes do DEM queixam-se da perda do vice-governador para o PSDB.

Valor Econômico

 

 

 

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