Seguranças de Bolsonaro ameaçam jornalistas com arma em punho

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Foto: Poder360

Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro xingou os jornalistas que acompanhavam a agenda do chefe do Executivo neste domingo (2.mai.2021), no Palácio da Alvorada, em Brasília. Minutos depois, um dos seguranças do local agiu de forma truculenta com equipes de reportagem, segundo o relato de uma das jornalistas presente.

A repórter Carla Bridi, da CNN Brasil, que presenciou a situação, compartilhou uma publicação no Twitter. Ela escreveu sobre o momento de truculência de um dos seguranças do local. Segundo ela, um dos funcionários da guarda do Palácio chegou a sacar uma arma, em ameaça aos profissionais, sem apontá-la aos profissionais de imprensa.

O Poder360 presenciou o momento em que os apoiadores de Bolsonaro hostilizaram os jornalistas, mas na posição em que se encontrava não visualizou a cena descrita pela repórter da CNN com o segurança do presidente ameaçando profissionais de mídia.

Em nota, a CNN Brasil disse que repudia ameaças à liberdade de expressão. “A CNN Brasil repudia intimidações a jornalistas e ameaças à liberdade de expressão, e defende a imprensa independente, garantida pela Constituição, como um alicerce do estado democrático de direito”.

Bolsonaro saiu da residência oficial acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, cumprimentou os visitantes e parou para dar entrevista. Disse, porém, que se limitaria a falar sobre 1 assunto. Anunciou em frente ao Palácio que a Rússia concedeu indulto ao motorista Robson Oliveira, preso no país desde março de 2019.

Os jornalistas perguntaram sobre a reunião de Bolsonaro ocorrida minutos antes com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França. O presidente não quis responder: “Não tem mais assunto. Quer perguntar sobre o Robson? Estou à disposição”. O repórter insistiu: “Robson foi o único assunto?” Bolsonaro mais uma vez falou: “Quer perguntar sobre o Robson? ” Outra jornalista indagou: “Nada sobre vacinas?” Bolsonaro disse: “Nada para vocês” e deixou o local. Os apoiadores aplaudiram.

Logo depois de entrar no Palácio, um visitante xingou os repórteres. Chamou-os de “vagabundos“, “filhos da puta” e “bandidos“. O homem estava com uma criança. Um segurança do Palácio pediu para o apoiador respeitar os jornalistas que trabalhavam.

Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança do presidente da República, informou que os agentes que acompanhavam Bolsonaro cumpriram os protocolos para esse tipo de evento. Segundo o órgão, os jornalistas que cobrem o presidente no Palácio da Alvorada conhecem esses ritos.

“Alguns repórteres, julgando, erradamente, que o Presidente sairia do Alvorada, tentaram se deslocar para seus carros, com o objetivo de segui-lo, sendo impedidos pela segurança no estacionamento”, diz trecho da nota, que segue: “Ato contínuo, houve ofensas aos agentes de serviço que, corretamente, executaram as normas vigentes até o retorno do comboio para o interior da Residência Oficial”.

Ainda de acordo com o GSI, o relato publicado pela repórter da CNN é distorcido “e carece de credibilidade”.

Leia a íntegra da nota do GSI:

“1. Informamos que foi cumprido, mais uma vez, o protocolo de segurança existente para esse tipo de evento e já de conhecimento da maioria dos jornalistas que cobrem o Palácio.

2. Os profissionais de imprensa e os apoiadores do Presidente têm ciência de que, na iminência da sua entrada ou saída do Palácio Alvorada, bem como após suas palavras ao público presente, todos devem aguardar a saída do comboio para se movimentarem.

3. Hoje, após o Presidente se dirigir à mídia e o comboio iniciar o deslocamento, alguns repórteres, julgando, erradamente, que o Presidente sairia do Alvorada, tentaram se deslocar para seus carros, com o objetivo de segui-lo, sendo impedidos pela segurança no estacionamento.

4. Ato contínuo, houve ofensas aos agentes de serviço que, corretamente, executaram as normas vigentes até o retorno do comboio para o interior da Residência Oficial.

5. Por fim, a versão publicada pela repórter distorce o fato ocorrido e carece de credibilidade.”

Poder 360

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