CPI quer condução coercitiva de empresário bolsonarista

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Foto: Sforza Holding/Divulgação

Após a sessão desta quinta-feira (10) da CPI da Pandemia, senadores da comissão se reuniram e decidiram fazer um pedido de condução coercitiva do empresário Carlos Wizard, suspeito de integrar o gabinete paralelo, que trabalhou assessorando informalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a condução das políticas públicas durante a pandemia. As informações são da analista da CNN Basília Rodrigues

A convocação de Wizard para depor na CPI já foi aprovada e agendada para a próxima semana, porém o empresário não respondeu às convocações. Por conta disso, a cúpula da CPI decidiu por envolver a Justiça no caso, segundo o vice-presidente do inquérito, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Além de ser acusado de integrar o gabinete paralelo, Wizard quase foi indicado como secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, área responsável pela incorporação de medicamentos e tecnologias ao SUS.

A CPI recebeu a informação de que o empresário está nos Estados Unidos. Por conta disso e da impossibilidade de realizar a audiência de maneira remota, integrantes da CPI querem a condução coercitiva, que caso seja aceita pela Justiça, fará com que Wizard seja intimado ainda no aeroporto, quando voltar ao Brasil.

O silêncio de Wizard sobre sua convocação fez com que a CPI se movimentasse para antecipar o depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União, Alexandre Figueiredo, acusado de criar tabela falsa com informações equivocadas sobre a Covid-19 no sistema do TCU. A ideia é que a comissão não perca o dia de trabalho à espera da resposta do empresário.

CNN Brasil