Desabamento de prédio no Rio foi em área que já teve caso igual

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Foto: Jose Lucena/Thenews2/Estadão Conteúdo

Cerca de 5 quilômetros separam o edifício residencial na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, que desabou na madrugada desta quinta-feira (3) e a comunidade da Muzema, onde dois prédios desabaram pouco mais de 2 anos atrás, deixando 24 mortos.

A investigação sobre o desabamento em Rio das Pedras será feita pela 32ª DP (Taquara), segundo informações da Polícia Civil.

A região é conhecida como um dos lugares com maior atuação das milícias cariocas. À CNN, Leandro Monteiro, comandante-geral do Corpo de Bombeiros e secretário de Estado de Defesa Civil, afirmou que o prédio que desabou em Rio das Pedras era irregular e que no térreo do local funcionava uma lan house.

Segundo o Corpo de Bombeiros, três pessoas resgatadas em Rio das Pedras foram levadas para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, após o desabamento. Outras três pessoas ainda estão nos escombros – entre elas, uma criança. Cães farejadores auxiliam os oficiais no resgate.

Moradores relatam ter ouvido “estalos” por volta das 2 horas da madrugada e, mais tarde, “muito fogo”. Em meio ao desabamento, um incêndio também precisou ser contido no local.

Os bombeiros do quartel de Jacarepaguá foram acionados às 3h22 para a ocorrência na esquina da Rua das Uvas com a Avenida Areinha. Outros quatro quartéis – Alto da Boa Vista, Barra, Magé e São Cristóvão – dão apoio à operação de resgate.

Além dos bombeiros, estão no local equipes da Secretaria de Assistência Social e da Defesa Civil, além da Guarda Municipal. Prédios vizinhos também podem ter sido afetados.

Pelo menos 24 pessoas morreram em 2019 na comunidade da Muzema, também na zona oeste do Rio – a cerca de 5 quilômetros de Rio das Pedras –, depois do desabamento na manhã de 12 de abril de dois prédios.

Segundo a prefeitura do Rio, tantos esses edifícios quanto outros três que tiveram a demolição ordenada após a tragédia foram construídos sem licenciamento e não tinham ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) nem engenheiro responsável.

As obras foram concluídas e habitadas apesar de terem sido interditadas em novembro de 2018 pela prefeitura.

Uma semana depois da tragédia, a Justiça decretou a prisão temporária de três investigados no desabamento dos prédios: José Bezerra de Lima, o ‘Zé do Rolo’, Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa, por suspeita de construir e vender os apartamentos dos prédios que desabaram.

CNN Brasil