Em vez de ampliar restrições, Doria prorroga as vigentes

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Foto: Roberto Casimiro/ Agência O Globo

O governo do estado de São Paulo prorrogou mais uma vez a fase de transição do Plano SP por 15 dias. Antes previsto para encerrar no próximo dia 30, agora foi estendido pelo menos até 15 de julho.

Atualmente, o estado vê aumento em novos casos e óbitos e queda nas internações de maneira geral, com indicadores mais críticos no interior. Assim, o funcionamento dos estabelecimentos segue restrito das 6h às 21h em todo o estado, com capacidade máxima de 40%.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o estado está com 78,9% dos leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) para covid ocupadas. A média de novos casos bateu recorde no ano, com 17.662 novas confirmações por dia na semana e as mortes diárias subiram para 582.

Estado de São Paulo voltou a registrar alta de novos casos e óbitos e queda nas internações - Reprodução/Governo do Estado de São Paulo - Reprodução/Governo do Estado de São Paulo

“Nos nossos indicadores de casos por 100 mil habitantes. tínhamos em torno de 480 e passou para 530, aumento de 18%. Por outro lado, o indicador de internações por 100 mil habitantes teve movimento contrário: passamos de 82 para 78, uma redução de 5%”, afirmou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência.

O principal foco do estado é no interior. Parte das regiões, como Barretos, Bauru e Marília, seguem no pior momento da pandemia, com mais de 90% da ocupação dos leitos de UTI.

“A gente sabe que a situação no interior começa a ficar bastante distante da situação na Grande São Paulo e Baixada Santista. De forma que o Centro de Contingência já havia feito uma recomendação para ações regionais, no sentido de medidas mais restritivas quando necessário, e isso já está sendo feito”, afirmou Menezes

Com essa discrepância no estado, o Centro de Contingência chegou a avaliar retomar a regionalização das fases, mas o aumento geral de óbitos fez com que voltassem atrás.

O governo de São Paulo prorrogou mais uma vez a fase de transição do Plano SP para até 15 de julho - Reprodução/Governo do Estado de São Paulo - Reprodução/Governo do Estado de São Paulo

Além disso, a avaliação contra a regionalização é que tanto a população quanto as lideranças locais têm lidado melhor com decisões tomadas em conjunto e não impostas pelo estado. Nas últimas semanas, Menezes e Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional, têm se reunido com prefeituras de regiões mais críticas para elaborar medidas pontuais.

Ontem, o UOL mostrou que apenas uma das 17 regiões paulistas não seria classificada na fase vermelha, a mais restritiva, se o Plano São Paulo voltasse a seguir os parâmetros estabelecidos até março deste ano. Só a Baixada Santista teria indicadores para ficar na fase laranja do plano de flexibilização econômica.

Uol