Fabricante de cloroquina tenta impedir quebra de sigilo

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Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

A farmacêutica Apsen, empresa que produz hidroxicloroquina, entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático aprovada pelos senadores da CPI da Covid.

O relator do caso no STF será o ministro Dias Toffoli, que deu prazo de 48 horas para o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), prestar esclarecimentos sobre os pedidos de quebra de sigilo.

Na semana passada, a comissão aprovou a quebra dos sigilos do presidente da Apsen, Renato Spallicci, e da diretora Renata Farias Spallicci.

O laboratório foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma ligação para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em abril do ano passado, na qual Bolsonaro pede a liberação de insumos para fabricação de hidroxicloroquina que estavam embargados no país. A conversa entre os dois líderes foi obtida pela CPI da Covid e revelada pelo jornal “O Globo”.

Ontem, o jornal “Folha de S.Paulo” noticiou que a Apsen informou à CPI que as vendas de comprimidos de hidroxicloroquina em 2020 foram 30% maiores do que em 2019. A comissão investiga se houve favorecimento do governo federal à empresa durante a pandemia.

Uol