Joice, uma bolsonarista arrependida

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo/Arquivo

Ex-líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (SP) deixará o PSL e está estudando o convite de três legendas. A definição do futuro, segundo a parlamentar, está completamente ligada ao processo de escolha de uma terceira via na disputa pela presidência na República. Ela descarta se aliar com PT e afirma que não vota no presidente Jair Bolsonaro, de quem já foi aliada, “nem com uma arma na cabeça”.

A parlamentar pretende protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda nesta segunda-feira, um pedido de desfiliação por “justa causa”.

“Estou vendo para onde eu vou. Estou considerando três partidos, conversando diretamente com os presidentes dos partidos e obviamente tudo isso está ‘linkado’ com a nossa terceira via para a eleição de 2022. Por óbvio, eu jamais estarei com o PT e nem com uma arma na cabeça eu voto no Bolsonaro”, disse Joice ao Valor PRO, serviço em tempo real do Valor.

Ao comentar a saída do PSL, Joice afirma que não tem como ficar em um partido que, segundo ela, “entregou o coração da legenda para o bolsonarismo”. Ela reclamou ainda de concessões feitas pela sigla aos apoiadores do presidente e citou as escolhas de Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) para o comando das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e do Meio Ambiente da Câmara, respectivamente.

“O partido entregou a CCJ para uma pessoa completamente desvairada, entregou comissões importantes para figuras como Bia Kicis e Carla Zambelli. É surreal. O partido se apequenou, se ananicou ainda que tenha esse número grande de parlamentares. Eu ajudei a eleger oito desses malucos dos 10 que foram eleitos em São Paulo com meus votos. Eu realmente não quero estar com essa gente.”

Valor Econômico