Lava Jato denunciou líder de Bolsonaro por propina em dose dupla

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Foto: Jorge William

Ricardo Barros, o líder do governo Bolsonaro na Câmara, foi desnudado pelo colega Luís Miranda em seu depoimento na CPI da Covid. De acordo com Miranda, ao ouvir o relato de irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana, Bolsonaro teria dito:

— Isso é coisa do Ricardo Barros.

Como recordar é viver, este é um bom momento para relembrar outra transação heterodoxa que Barros se meteu.

Barros foi um dos protagonistas da delação premiada dos executivos da Galvão Engenharia, homologada em dezembro de 2017 por Edson Fachin.

O ex-presidente da empreiteira Eduardo Queiroz Galvão relatou em detalhes o pagamento de propinas (no plural mesmo, pois foram duas vezes) a Barros.

Os fatos ocorreram em 2011, quando ele era secretário de Indústria e Comércio de Beto Richa, no Paraná. Primeiro, para intermediar a venda de 49,9% da São Bento Energia à estatal paranaense Copel, pediu R$ 1 milhão mais 1,5% do valor total que a Copel aportasse em investimentos na empresa. As conversas para a transação heterodoxa foram feitas na própria sede do PP em Curitiba.

Queiroz Galvão contou, sendo corroborado por seus executivos, que parte desse dinheiro (R$ 300 mil) foi entregue em mãos a Barros numa visita que o hoje líder fez à sede da Galvão, em São Paulo.

Numa segunda oportunidade de negócio, em 2013, o diligente Barros ajudou, ainda segundo o relato que consta da delação, a destravar a venda do restante da São Bento (50,1%) à Copel, quando a Galvão resolveu deixar o setor de energia.

Desta feita, pediu R$ 1,2 milhão para ele e mais 2,5% do valor total da transação, um negócio que saiu por R$ 160 milhões, em doações ao PP do Paraná, do qual, aliás, era o presidente regional.

O Globo 

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