Médica limada por Bolsonaro dá chega pra lá em governista na CPI

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Foto: Waldemir Barreto / Waldemir Barreto/Agência Senado

A médica Luana Araújo, que ficou menos de duas semanas no cargo de secretária de Enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde, rebateu o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) sobre a existência de um tratamento precoce contra a Covid-19. Ao ser questionada sobre qual seria o protocolo para tratar a doença na fase incial, Luana explicou que não existe nenhuma intervenção farmacológica disponível que impeça a progressão da doença.

— [tratamento precoce] Não existe, senhor — afirmou Luana ao senador Marcos Rogério.

O senador explicou então que entende tratamento precoce como tratamento na fase inicial da doença, para evitar complicações decorrentes da Covid-19.

— Qual seria o tratamento precoce. Entenda tratamento precoce, como tratamento na fase inicial da doença. Qual o protocolo indicado para esse paciente na fase inicial para não termos uma complicação? — perguntou.

Luana explicou então que não existe um protocolo farmacológico para conter a evolução da doença e que os médicos trabalham para tratar as comorbidades do paciente.

— Nós não temos nenhuma ferramento farmacológica que possa ser utilizada de forma inicial que impeça a progressão da doença. A gente identifica com precocidade, a gente trata ou melhora o tratamento das eventuais doenças que ele tenha em concomitância, que a chamamos de comorbidade.

Antes, a médica já havia dito que a discurssão sobre o tratamento precoce é “claríssima, transparente” sobre a falta de resultados e que essa é uma discurssão “esdrúxula”.

— Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente.

O Globo