Vem aí uma geração de analfabetos

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Foto: Marcos Alves/Getty Images/Reprodução

Senhoras e senhores,

Estou enviando esta manifestação a vários grupos e pretendo fazer um programa no meu canal do YouTube com especialistas para tratar da importação, pelo governo Bolsonaro, do “homeschooling”. Trata-se de uma prática permitida nos EUA e encampada pela extrema-direita (ideologia do nazismo) naquele país.

O homeschooling consiste, basicamente, em pais ensinarem os filhos em casa. Isso em um país em que a grande maioria da população está nas classes mais pobres, em que os pais, muitas vezes, não têm nem o ensino médio ou até mesmo o ensino fundamental.

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul já aprovou o homeschooling no Estado. Não sei se isso pode ser implantado sem mudar a Constituição, mas, no Congresso Nacional, a inciativa legislativa para que os pais não sejam mais obrigados a matricular filhos na escola corre grande risco de ser aprovada.

Vejam que o Brasil tem hoje lei que obriga pais a matricularem filhos na escola. Imaginem se essa proibição for retirada. Milhões de famílias muito pobres e até desagregadas deixarão de matricular os filhos. Quantos analfabetos e analfabetos funcionais surgirão daí? É imprevisível. Talvez milhões.

Vai demorar décadas para recuperar um sistema de ensino que será literalmente destruído com essa política. Resultado: mais escravos modernos trabalhando por salários aviltantes, mais gente sem instrução alguma à qual só restará ingressar na criminalidade, mais atraso em um país em que a mão-de-obra qualificada irá despencar

Fui educado por uma preceptora porque na minha infância criança só entrava na escola aos 7 anos. Entrei na escola alfabetizado, mas minha mãe era socióloga, advogada, falava sete idiomas e estudou na França. A maioria dos pais brasileiros mal sabe ler e escrever. Somos um país de classes D (pobres) e E (miseráveis).

Passem pra frente este texto. Pelo Brasil

Redação