Biden pode fechar prisão americana em Cuba

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Foto: Kathleen T. Rhem/Domínio Público

O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, transferiu, nesta 2ª feira (19.jul.2021), o seu 1º detento da prisão de Guantánamo, segundo o The New York Times. A intenção do democrata é encerrar o presídio, que fica em Cuba.

O marroquino Abdul Latif Nasser, de 56 anos, acaba de ser repatriado. Ele foi capturado em 2001 pelas forças de segurança do Paquistão, que o entregaram aos militares norte-americanos.

Em 2016, foi recomendado que Nasser fosse libertado da prisão, mas, mesmo assim, ele permaneceu lá durante os anos do ex-presidente Donald Trump.

Os processos de transferências estão engatilhados desde os governos George W. Bush e Barack Obama, mas travaram sob o comando de Trump.

Segundo um oficial, que não quis ser identificado, a Casa Branca está “dedicada a um processo deliberado e completo de, com responsabilidade, reduzir a população detida e, em última instância, realizar o fechamento do centro de detenção da Baía de Guantánamo”.

Com a saída de Nasser, Guantámano fica com 39 prisioneiros. A Baía chegou a ter cerca de 675 homens no seu auge de ocupação, que aconteceu depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 e da invasão do Afeganistão.

Os 28 prisioneiros restantes não foram sequer acusados durante os quase 20 anos em que estiveram sob custódia. Desses, os Estados Unidos recomendaram a transferência de 10 a outros países, desde que garantam medidas de segurança sobre eles, como uma liberdade condicional.

Desde que assumiu o comando do país, Biden se mostra disposto a fechar a prisão. Contudo, até o momento, o presidente norte-americano adotou medidas tímidas nesse sentido.

Barack Obama tinha a meta de encerrar Gantánamo durante seu o 1º ano no cargo, mas falhou diante da forte oposição do Congresso. A equipe de Biden tem procurado trabalhar discretamente para não ser barrado como o seu antecessor.

“Os EUA agradecem ao Reino do Marrocos por sua disposição de apoiar os esforços dos EUA para fechar o centro de detenção da Baía de Guantánamo”, disse um alto funcionário do governo nesse domingo (18.jul.2021), quando a transferência estava em andamento.

Nasser é suspeito de ser um ex-combatente do Talibã que lutou contra os EUA em Tora Bora, no Afeganistão, no final de 2001. Há 5 anos, o marroquino afirmou que “lamenta profundamente suas ações do passado”.

A libertação dele foi aprovada em 11 de julho de 2016, com a condição de ser enviado para a sua terra natal, com garantias de segurança por parte do governo.

Os detalhes das negociações dos países com os EUA não são públicos. Em proposta anterior, durante o governo Obama, as condições incluíam proibição de deixar o país por vários anos e compromisso de monitorar e compartilhar informações com o governo dos EUA.

Em um comunicado, o advogado de Nasser, Thomas Anthony Durkin, citou que o seu cliente deveria ter sido solto em 2017 e chamou os últimos 4 anos de detenção de “danos colaterais da administração Trump e da política crua dos zelosos falcões da guerra ao terrorismo republicano.”

“Aplaudimos o governo Biden por não causar mais danos“, completou.

Durante os anos Trump, só 1 detido deixou Guantánamo.

A prisão de Guantánamo foi criada em 2001, durante o governo de George W. Bush, para deter suspeitos de envolvimento com os grupos Al-Qaeda e Talibã. A abertura da unidade foi feita depois do ataque de 11 de setembro. O centro de detenção foi símbolo da luta contra o terrorismo nos EUA.

O presídio foi alvo de críticas por indícios de possíveis abusos por parte de seus guardas. Em 2009, o então presidente norte-americano, Barack Obama, assinou um decreto para fechar a unidade, mas não teve sucesso. Biden era o vice na época.

Biden não deu prazo para que a prisão seja fechada, mas afirmou que pretende cumprir essa meta até o fim do seu mandato na Casa Branca.

Poder 360

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