Bolsonaro desprezou lista tríplice do MPF reconduzindo Aras
Foto: Nelson Jr./STF
A indicação de Augusto Aras a um novo mandato na PGR anunciada nesta terça, 20, confirma a expectativa de que Bolsonaro ignoraria, pela segunda vez, a eleição interna realizada no Ministério Público Federal para a escolha do titular do cargo. No mês passado, os membros do MPF fizeram uma votação e elegeram uma lista tríplice que foi encaminhada a Bolsonaro com os nomes dos subprocuradores-gerais Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia e Nicolao Dino. A lista tríplice não é prevista em lei, mas vinha sendo observada pelos presidentes da República desde 2003. Bolsonaro rompeu a tradição ao indicar Aras em 2019, o que gerou críticas dentro da instituição. Aras e seus auxiliares, no entanto, afirmam que a eleição interna reforça aspectos negativos do corporativismo.
O PGR tem um papel central no jogo político, pois é a única autoridade com atribuição para denunciar criminalmente o presidente da República, os ministros de Estado e dos tribunais superiores, os deputados federais, os senadores e os governadores estaduais. Aras é visto como aliado de Bolsonaro e foi muito criticado por seus adversários por não ter fechado o cerco contra o presidente durante a pandemia. O PGR, por sua vez, sustenta que o Ministério Público deve ter atuação contida e não contribuir para crises institucionais, cabendo ao Congresso afastar o presidente por meio do processo político do impeachment.
Após a confirmação da indicação de seu nome, Aras enviou mensagem de agradecimento a Bolsonaro. “Honrado com a recondução para o cargo de PGR, reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as leis do país”, escreveu.
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