CPI fecha o cerco a vacinas superfaturas

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Foto: Gabriela Biló/Estadão

A CPI da Covid no Senado tentará nesta semana avançar nas investigações das suspeitas de corrupção que envolvem a compra das vacinas da Covaxin e da AstraZeneca. Nesta segunda-feira, o depoimento é de uma testemunha ligada ao caso da vacina indiana, enquanto na quarta e na quinta-feira estão marcadas oitivas de pessoas que participaram da suposta tentativa de venda de 400 milhões de unidades da AstraZeneca ao Ministério da Saúde pela empresa norte-americana Davati Medical Supply. Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) disse ao Estadão esperar novas revelações.

Nesta segunda-feira, a oitiva é de Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos. A empresa atuou como intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde na venda de doses da Covaxin — e teria pedido inclusive um adiantamento dos pagamentos, o que não é usual. O nome de Medrades aparece em vários momentos nas trocas de e-mails entre a empresa e o Ministério da Saúde. Os sigilos telefônico e telemático (mensagens) dela já foram quebrados pela CPI.

Os depoimentos seguintes são sobre a suposta tentativa de venda de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca pela Davati. Na quarta-feira, fala o reverendo Amilton Gomes de Paula, um religioso do Distrito Federal que teria facilitado o acesso do representante da Davati ao Ministério.

Na quinta, está marcado o depoimento do coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco. Ele participou do jantar no qual um servidor do Ministério da Saúde teria pedido propina ao suposto vendedor de vacinas da Davati, o cabo da PM de Minas Luiz Paulo Dominghetti Pereira.

Segundo disse Renan Calheiros ao Estadão, o colegiado aguarda os depoimentos para “confirmar aspectos da investigação (sobre a compra de vacinas) que ainda precisam de provas”, e que “outros fatos escabrosos deverão vir à tona”.

“A sensação é que estamos diante de um mar de lama. Havia grupos que roubavam enquanto o governo se recusava a comprar vacinas cujas indústrias não consentissem propinas. Preferia comprá-las a atravessadores e lobistas”, disse o senador alagoano.

Outro desdobramento esperado para esta semana é a possível leitura do requerimento de prorrogação dos trabalhos da CPI, a ser feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Instalada no dia 27 de abril, a CPI da Covid tem um prazo inicial de funcionamento de 90 dias — por causa do recesso parlamentar no Senado, este período inicial se estenderia até o dia 7 de agosto.

Na última quarta-feira, Pacheco disse que só faria a leitura do requerimento para adiar a CPI próximo ao fim do prazo, ou seja, em agosto.

Mas, no fim da semana passada, o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a leitura deve ser feita já no começo da semana, nesta terça-feira, dia 13. O requerimento de prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid já reuniu as assinaturas necessárias.

Estadão

 

 

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