Governador do RS defende prisão de manifestante por bater panela contra Bolsonaro

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Uma mulher de 47 anos foi algemada e levada à delegacia quando batia panela em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, durante a passagem de uma “motociata” promovida por apoiadores do presidente, na manhã deste sábado, em Porto Alegre.

O caso levou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a se pronunciar nas resde sociais, onde foi questionado pela prisão da manifestante. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do RS (SSP), a mulher foi presa por desacato, após ser abordada por policiais e solicitada a se afastar “por diversas vezes”.

O advogado da mulher presa, Aloísio Rosa de Melo, afirma que ela se exaltou, mas que “estava em seu direito de se manifestar” e que “em nenhum momento teve a intenção de fazer algo ou de agredir alguém”. E questiona o uso das algemas.

— Só pode ser algemado se há uma resistência muito grande por parte da pessoa, e ela não me disse ter resistido — disse o advogado ao site G1.

O governador explicou que a mulher foi contida por policiais femininas no local e conduzida à delegacia. Segundo ele, a detenção foi justificada. Ainda assim a Brigada Militar abrirá procedimento para apurar o caso “em nome da transparência e rigor com os fatos”.

“Relatos são que a manifestante foi abordada e solicitada por diversas vezes a se afastar do leito da via, de forma a evitar acidente. Apesar das tentativas de afastar a mulher, ela desobedeceu a ordem, desacatou as PMs que a abordaram, tentou chutar motociclista e manteve ameaças”, escreveu o governador do Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ao se manifestar nas redes sociais.