Governo e oposição têm senadores mais populares na CPI

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Foto: Edilson Rodrigues/Waldemir Barreto/Ag. Senado

Não importa se é contra ou a favor do governo de Jair Bolsonaro. Na lógica das redes sociais, o que vale é não ficar em cima do muro, ter posições incisivas, entender o seu público-alvo e estar presente em praticamente todas as polêmicas levantadas durante a CPI da Pandemia, que chega agora a sua décima semana.

Os senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lideram absolutos o índice de popularidade digital produzido pela consultoria Quaest, que calcula o número de seguidores, comentários, curtidas, compartilhamentos e reações positivas e negativas das posts dos parlamentares. Na média da última semana, calculada entre 1º e 8 de julho, o governista Marcos Rogério alcançou o índice de 72,83 — para efeito de comparação, antes da CPI, ele tinha uma marca de 20,76. Já o opositor Randolfe Rodrigues chegou a 57,29 ante o registro de 38,69 no período pré-comissão.

Os dois aparecem bem na frente do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e do relator Renan Calheiros (MDB-AL), que tem 31,7 e 29,59, respectivamente.

Um dos mais atuantes na defesa de Bolsonaro na CPI, Rogério não costuma deixa passar uma crítica ao presidente sem dar uma resposta, sendo o autor de posts e vídeos que mais viralizam entre os perfis bolsonaristas — geralmente, falando sobre como ele tem “desmontado” e dado uma “traulitada” na narrativa dos opositores do governo. Com experiência de mais de dez anos como jornalista e evangélico da Assembleia de Deus, o senador ganhou protagonismo ao dizer que vai apresentar um relatório paralelo da CPI, pedindo o indiciamento de pessoas que, no seu entender, levantam “calúnias falsas” contra o governo. O senador do DEM também tem encampado outras pautas que não se restringem à CPI e são caras ao bolsonarismo, como a defesa do voto auditável e os ataques à esquerda. Outros parlamentares governistas, como Eduardo Girão (Podemos-CE), com 31,3, e Ciro Nogueira (PP-PI), com 18,5, estão bem longe de alcançá-lo.

Já Randolfe Rodrigues, que é vice-presidente da CPI, tem se portado como um dos críticos mais afiados ao presidente Jair Bolsonaro, a quem já chamou de “genocida” e “assassino”. Enquanto a maioria dos opositores se contém nos ataques diretos ao mandatário, Randolfe não esconde de ninguém que quer vê-lo preso. Foi ele o autor do requerimento (não apreciado ainda) para que Bolsonaro fosse convocado à CPI. Atrás dele, aparecem no ranking como mais populares os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), com 41,2, e Humberto Costa (PT-PE), com 42,8. Formado em história, Randolfe já está em seu segundo mandato no Senado pela Rede — antes, já foi filiado ao PT e ao PSOL.

“Eles são os dois senadores que melhor combinam conteúdo e distribuição. Marcos Rogério virou o senador do Bolsonaro na CPI. E Randolfe é o que mais mobiliza a oposição”, explica o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e coordenador das pesquisas do Índice de Popularidade Digital.

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