Lewandowski insinua que semipresidencialismo é casuísmo anti-Lula

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Foto: Andressa Anholete/AFP

A adoção do semipresidencialismo no Brasil, sistema de governo defendido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, e por políticos como o ex-presidente Michel Temer, não é consensual na Corte. O ministro Ricardo Lewandowski, por exemplo, acha que o momento para a discussão é inoportuno.

“O debate sobre a adoção do semipresidencialismo, que surge às vésperas das eleições de 2022, lembra a polêmica que levou à implantação do parlamentarismo antes da posse de João Goulart [Jango] na Presidência da República em 1961, com as consequências que todos conhecemos”, afirmou ele à coluna, em uma rara declaração à imprensa.

Em 1961, Jango assumiria a presidência no lugar de Jânio Quadros, que renunciou. Vetado pelos militares, ele aceitou um acordo político que, por um lado, garantia a sua posse —mas com menos poderes. Eles foram transferidos para o primeiro-ministro, cargo criado com a implantação do parlamentarismo.

Em 1963, um plebiscito derrubou o sistema e o Brasil voltou a ser presidencialista. Em 1964, os militares deram um golpe de estado e implantaram a ditadura no Brasil.

O semipresidencialismo, em que o presidente eleito pelo voto direto seria o chefe de Estado, e um primeiro-ministro escolhido pelo Congresso Nacional seria o chefe de governo, seria uma forma, segundo seus defensores, de se evitar crises e traumas institucionais, como o impeachment.

Caso ele fosse implantado agora, Bolsonaro perderia poderes, bem como seu sucessor em 2022 (ou ele mesmo, caso seja reeleito). Barroso, por exemplo, diz defender que o sistema seja adotado apenas depois de 2026.

Folha de S. Paulo

 

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