Promotoria de Nova Iorque abre ação criminal contra empresa de Trump

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Foto: Mandel Ngan/AFP

A Promotoria de Manhattan irá abrir processos criminais nesta quinta-feira, 1, contra a Organização Trump, pertencente à família do ex-presidente americano Donald Trump, e o diretor financeiro Allen Weisselberg, por supostos crimes fiscais, revelaram a agência de notícias Reuters e o jornal The Wall Street Journal.

Na manhã desta quinta-feira, horas antes da acusação formal, Weisselberg, que trabalha com o ex-presidente desde a década de 70, se apresentou à Justiça. O teor da denúncias só será anunciado durante a tarde, mas elas são relacionadas à extensa investigação criminal sobre possíveis delitos fiscais e são as primeiras decorrentes de investigações sobre a Organização Trump, citadas pelo ex-presidente como parte de uma “caça às bruxas”.

De acordo com o WSJ, que cita fontes anônimas familiarizadas com o caso, os acusados devem comparecer perante um juiz já nesta quinta-feira. Entre os acusados não estará, a princípio, Donald Trump, disse seu advogado ao WSJ, mas Weisselberg, uma figura-chave na empresa e que os promotores vêm tentando convencer a cooperar com a investigação, deve estar lá, de acordo com várias fontes.

De acordo com o jornal, o diretor financeiro da Organização Trump teria rejeitado essas propostas e será acusado de evasão fiscal, depois que o Ministério Público estudou por meses se ele e outros funcionários da empresa evitaram ilegalmente pagar impostos sobre algumas compensações que receberam, como veículos, apartamentos ou mensalidades de escolas particulares.

Se os promotores puderem mostrar que a empresa e seus executivos se esquivaram sistematicamente do pagamento de impostos, poderiam trazer acusações mais graves, acrescenta o WSJ.

As investigações sobre a empresa do ex-presidente dos Estados Unidos aceleraram nos últimos meses, com vários executivos sendo chamados para testemunhar perante um grande júri em preparação para possíveis acusações.

As investigações cobrem possíveis fraudes fiscais, seguros e outras infrações criminais, supostamente cometidas antes da chegada de Trump à Casa Branca.

Isso poderia incluir avaliações inflacionadas, deduções injustificadas e contabilidade duplicada, em última análise, não pagar ou pagar muito poucos impostos durante anos.

O procurador de Manhattan, Cyrus Vance, obteve um grande triunfo em fevereiro, quando teve acesso a anos de declarações de impostos de Trump após uma longa batalha judicial na qual a Suprema Corte acabou rejeitando os argumentos do ex-presidente de que esses documentos deveriam permanecer em sigilo.

A Promotoria também vem investigando os pagamentos secretos de dinheiro que a campanha eleitoral de Trump fez à atriz pornô Stormy Daniels para impedi-la de tornar pública uma suposta relação sexual com o então candidato à presidência, uma vez que poderiam violar as leis do estado de Nova York.

Trump renunciou à gestão diária da empresa enquanto estava na Casa Branca, mas não está claro qual papel ele desempenha agora na organização, que ele continua possuindo através de um fundo administrado por seus filhos mais velhos e Weisselberg.

O ex-presidente sempre negou qualquer irregularidade e denunciou repetidamente que as investigações são o resultado de uma perseguição política por parte dos promotores democratas.

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