Saúde e Anvisa se acusam por vacinas paradas

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O Ministério da Saúde e a Anvisa dão versões divergentes a respeito do motivo para que um lote de 600 mil doses de vacinas da Pfizer tenha ficado parado em depósito da pasta localizado ao lado do aeroporto de Guarulhos de segunda (12) a quinta-feira (15), como revelado pelo Painel nesta sexta-feira (15).

O ministério diz que o processo foi retardado porque “o sistema da Anvisa estava fora do ar”. A agência nega problemas no sistema e afirma que faltava o cumprimento de pendências por parte do importador. A carga foi liberada na noite de quinta-feira.

Em nota, o ministério diz que “assim que desembarcaram em Guarulhos, as doses seguiram para o processo de checagem de temperatura, feito dentro do período esperado. Depois da análise do laboratório, em conjunto com técnicos do ministério, houve tentativa de enviar os documentos na segunda (12), mas o sistema da Anvisa estava fora do ar”.

Depois disso, segue a nota, “o processo seguiu na terça-feira (13) e foi liberado pela agência reguladora dois dias depois.”

A Anvisa, por sua vez, nega qualquer problema em seu sistema, e atribui o problema à falta do “cumprimento de pendências por parte do importador.”

“A fim de agilizar o recebimento de vacinas no Brasil, todos os lotes importados são desembaraçados pela Anvisa no mesmo dia, mesmo que faltem documentos, mediante assinatura de TRG [Termo de Guarda e Responsabilidade], sob responsabilidade do importador. Não há, portanto, lote de vacinas preso no aeroporto de Guarulhos provocado por falha de sistema da Anvisa”, afirma nota da agência.

A demora fora do comum causou apreensão em secretários de Saúde, que aguardavam as vacinas para dar continuidade ao processo de imunização em seus estados.

Folha de  SP