Socialite que mandou matar namorado pediu impeachment de Dilma

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Foto: Reprodução

Rica, boêmia e integrante da nata paulistana, a socialite Anne Cipriano Frigo, 46, saiu recentemente das colunas sociais direto para as páginas policiais dos jornais.

Seu nome está na crista da onda por estar ligado, segundo a polícia, a uma trama que envolve crime, traições, muito luxo e dinheiro.

Frigo ou Friggo, com um “g” a mais grafado nas redes sociais, é suspeita de ser a mandante do assassinato de seu namorado, Vitor Lúcio Jacinto, 42. Ela nega.

A socialite, segundo a polícia, prometeu pagar R$ 200 mil ao corretor de imóveis Carlos Ribeiro de Souza, tido como um faz-tudo do casal, para executar o crime.

Jacinto foi morto com um tiro no coração disparado por Souza, que confessou o crime, em plena rodovia Castello Branco. O corpo da vítima foi desovado pelo corretor nas margens da represa Guarapiranga, na zona sul da capital paulista, no dia 16 de junho.

As investigações apontam que, dois dias depois do crime, Frigo fez a própria festa de aniversário em que brindou, ao lado de amigas, a chegada de seus 46 anos.

Com posse do celular de Jacinto, ainda conforme a polícia, Frigo se passou pelo namorado, naquela altura já morto, e encaminhou mensagens fofas pela chegada da nova idade a si mesma. O aparelho celular, a arma utilizada no crime e o veículo onde Jacinto foi assassinado estão apreendidos e passarão por perícia.

Para a polícia, Frigo pensava que, assim, conseguiria sair da lista de suspeitos. A socialite e o corretor foram presos preventivamente.

Ela deixou o conforto de seu amplo apartamento num prédio da capital paulista cujas unidades são avaliadas em R$ 20 milhões para uma pequena cela na carceragem do 89º DP (Morumbi).

Depois das prisões, várias versões sobre a motivação do crime entraram na mira do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil. Uma delas diz que a socialite teria encomendado a morte do namorado por causa da infidelidade dele. Outra suspeita é de que havia uma disputa entre Jacinto e Souza pelo dinheiro da socialite.

O advogado de Frigo, Celso Villardi, disse à imprensa que sua cliente é inocente. Para ele, Frigo era explorada financeiramente por Jacinto, e as provas disso serão encaminhadas em tempo oportuno à polícia.

Mas quem é a mulher que vem chamando a atenção pelo status e pela forma como vem sendo retratada a cada passo dado pelas investigações policiais?

O colunista social Anderson Pinheiro, de Franca, no interior de São Paulo, diz que a curiosidade sobre a socialite fez disparar o número de visualizações numa foto no seu site em que ela aparece sorridente.

A imagem mostra Anne Frigo entre os convidados do jantar promovido pelo arquiteto Léo Shehtman, muito conhecido por projetos destacados da mostra Casacor, na capital paulista. “E foi um evento de 2016. Eu apenas republiquei as fotos e a nota do jantar que, agora, vem sendo muito acessada”, afirma Pinheiro, que diz nada saber sobre a socialite.

Amigos próximos de Frigo, que conversaram com a Folha na condição de anonimato, disseram estar chocados com sua suposta ligação com o crime. Eles exaltaram a boa amiga, a boa mãe e a mulher elegante e muito dedicada aos negócios.

A socialite vem de uma família que fez fortuna em diversos segmentos da indústria —e prosseguiu com esse DNA.

Formada em direito na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), tem talento reconhecido na concepção de negócios inovadores. Foi assim que criou, em 2017, o Museu da Imaginação, na Lapa (zona oeste). Hoje, porém, ela não faz parte do negócio.

O espaço lúdico foi pensado, segundo declarou a socialite em entrevistas, por causa da filha, que nasceu com paralisia cerebral e necessita de cuidados específicos.

Frigo disse que sempre teve dificuldade em achar um lugar realmente acessível, mesmo fora do Brasil, em que a menina pudesse se divertir, aprender e ser acolhida. Depois de um investimento de R$ 4 milhões à época, o Museu da Imaginação surgiu e virou referência com mostras artísticas, oficinas e o incentivo à interação entre os pequenos e o mundo da arte.

Também mãe de um garoto, Frigo lida, segundo os amigos, com a saudade dos filhos, fruto do primeiro casamento com um empresário. Após a separação, a socialite perdeu a guarda dos filhos –o processo correu em segredo de Justiça.

Escreveu sobre o fato, em outubro de 2019, o seguinte: “esse é meu mundo, mas tiram de mim na força. Por que que tem que ser assim?”. As palavras acompanhavam uma foto das crianças, apagada depois da postagem, segundo amigos.

As publicações nas redes sociais mostram uma mãe preocupada com a saúde da filha. Como o dia em que levou a menina para fazer aplicações de botox nos braços —a substância criada para tratamentos ortopédicos é hoje mais usada em procedimentos estéticos.

Também estão lá os passeios no exterior junto aos filhos, o dia em que contratou a banda Jota Quest para animar seu aniversário de 40 anos e sua posição política.

Frigo se mostrou favorável ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) ao pedir que seus seguidores assinassem um abaixo-assinado contra a petista. “Porque está uma palhaçada esse governo. Um desrespeito com a população. O país está parado, com medo do futuro”, escreveu. Mais recentemente, ela também pediu, em outro abaixo-assinado, a prisão do ex-presidente Lula (PT).

Pouco se sabe sobre a relação do casal. Os amigos dizem que eles se conheceram em aplicativos de relacionamentos, estavam juntos havia ao menos quatro anos e tinham um contrato de união estável.

Vitor, ex-segurança de um restaurante no Itaim Bibi, era tratado com mimos que iam de um Porsche avaliado em R$ 2 milhões a um aluguel da casa onde morava, em Alphaville (Grande São Paulo), no valor de R$ 32 mil mensais —tudo bancado pela socialite.

Nas redes sociais, espaço em que Frigo publicava bastidores de sua vida pessoal, a opinião sobre sua conduta está dividida.

“Assassina mais bonita de SP, ki coisa feia [sic]”, escreveu um internauta, cujas palavras foram contestadas por outro: “não julgue para não seres julgado. Ela é inocente”.

Folha  

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