Twitter tem avalanche de críticas de políticos contra Braga Netto

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Foto: Pablo Jacob / Agencia O Globo

Nas redes sociais, políticos reagiram a denúncia de que o ministro da Defesa, o general Braga Netto, teria feito ameaças às eleições de 2022 e condicionou o pleito ao voto impresso, conforme mostrou reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’. O líder da oposição na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que vai propor que o militar seja convocado à Casa para prestar esclarecimentos.

“Não cabe ao Ministro da Defesa querer impor ao Parlamento o que deve aprovar, nem estabelecer condições para que as eleições aconteçam”, escreveu Molon, que continuou: “O papel constitucional das Forças Armadas é garantir os poderes constitucionais, e não subordiná-los. Vou propor que a Câmara convoque o Ministro em Comissão Geral para esclarecer os fatos”.

 

O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou pelo Twitter que enviou um ofício à Procuradoria-Geral da República para que investigue se o ministro realmente fez ameaças à eleição. De acordo com o “Estadão”, Braga Netto enviou o recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) por meio de um interlocutor que não teve o nome revelado. Tanto o general quanto o parlamentar negaram o ocorrido.

 

Reagindo ao caso, políticos defenderam o sistema eleitoral e a urna eletrônica, que frequentemente é alvo de ataques por parte do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e seus aliados. O mandatário defende a implementação do voto impresso como formar de auditar a votação — embora o modelo atual já permita isso, diferentemente do que afirma Bolsonaro. Há na Câmara uma proposta para a mudança da urna.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, criticou a proposta pelo voto impresso. Pelo Twitter, a descreveu como “malsinada” e “anacrônica”. Já o líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), defendeu a urna eletrônica.

“A urna eletrônica elegeu FHC, Lula, Dilma, Bolsonaro e seus filhos. Ela é segura e auditável. Ao questionar a sua transparência, o general Braga Netto alimenta a instabilidade institucional e a desconfiança em relação ao sistema eleitoral”, escreveu Freixo.

 

 

No Senado, a líder da bancada feminina, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que é preciso que o Congresso reaja às ameaças ao processo eleitoral. “Basta de relativizar o absolutamente intolerável: ora velada, ora expressa, ditas e depois desditas, as constantes ameaças às instituições, às eleições e à democracia, precisam de reação imediata, clara e direta”, escreveu.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) tratou o caso como “golpe”:

“Se verdadeiras as denúncias trazidas de que o ministro Braga Neto condicionou as eleições de 2022 ao voto impresso são muito graves e colocam as Forças Armadas em clara posição de ameaça à Constituição e à sociedade. Tirar o direito do povo de escolher seus representantes chama-se golpe.

 

 

Outros que reagiram foram o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ambos defenderam o sistema eleitoral. E o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, foi incisivo nas críticas a Braga Netto e a Bolsonaro.

“Bolsonaro quer manter a sociedade refém de sua obsessão continuísta. A população não o quer mais, mostram as pesquisas. O Congresso não deve admitir isso. O Senado, a Câmara dos Deputados e o Judiciário não podem ser ameaçados”, escreveu

 

 

 

O Globo 

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