CPI vai investigar o velho da Havan

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Foto: Reprodução

O relator da CPI da Pandemia Renan Calheiros (MDB-AL) pretende anunciar nos próximos dias a inclusão do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, do procurador da Davati Medical Supply Cristiano Carvalho e do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti na lista de investigados da comissão parlamentar. No relatório final que está sendo elaborado pelo congressista, a tendência é que Hang seja equiparado ao também empresário Carlos Wizard, alvo de apurações da CPI por integrar o chamado gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro, mas também por participar de reuniões em que a iniciativa privada negociava a aquisição de vacinas contra a Covid.

A conclusão da equipe do relator é a de que Hang e Wizard atuaram juntos como personagens do gabinete paralelo e mantiveram contato com a farmacêutica Belcher, empresa de Maringá cuja cúpula é próxima do líder do governo Bolsonaro Ricardo Barros (Progressistas-PR), para comprar vacinas diretamente dos laboratórios produtores. Na quarta-feira 25, Emanuel Catori, sócio da Belcher, depôs à CPI, disse que Barros agendou uma reunião para a companhia no Ministério da Saúde, mas negou que o parlamentar atuasse como uma espécie de facilitador político em transações comerciais. Catori foi, ao lado do dono da Precisa Medicamentos Francisco Emerson Maximiano e do ex-funcionário da Saúde Roberto Dias, recentemente incluído no rol de investigados da CPI, evidenciando que Renan Calheiros concluiu haver indícios de crimes cometidos por eles.

No final de junho, a CPI chegou a aprovar a convocação do dono da Havan para prestar depoimento, mas a oitiva nunca foi feita. Como revela a última edição de VEJA, o foco do relator é usar as poucas semanas que restam antes do encerramento dos trabalhos da comissão para centrar fogo em suspeitas contra o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominguetti, por sua vez, passarão à condição de investigados por serem personagens-chave da suposta negociação de vacinas da AstraZeneca, por meio da intermediária Davati, para o Ministério da Saúde e por estarem ligados à primeira denúncia de cobrança de propina de um então funcionário do governo na compra de imunizantes contra a Covid. Dominguetti, que se dizia representante da Davati, afirmou que o então chefe do Departamento de Logística da pasta da Saúde, Roberto Dias, pediu propina de um dólar por dose para fechar a compra de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. Representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho afirmou em depoimento à CPI, em meados de julho, que foi procurado por Dias para viabilizar as doses e disse que a empresa receberia uma comissão de vinte centavos de dólar por vacina vendida ao Ministério. A farmacêutica AstraZeneca, porém, não negocia vacinas com particulares ou companhias privadas.

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