Bolsonaro promete ressuscitar metrô de BH

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Foto: Amanda Dias/Portal BHAZ

Na série de viagens pelo país para marcar os mil dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), visita nesta quinta-feira (30) Belo Horizonte para anunciar a criação da linha 2 do metrô na capital de Minas Gerais, uma obra prometida há 20 anos por sucessivos governantes.

Mas apesar do evento, ainda não há data para a nova linha entrar em funcionamento. Questionado, o governo federal não informou nem qual o prazo para o início das obras nem qual o valor necessário para concluir o projeto.

Parte da verba aprovada pelo Congresso para a obra será na verdade usada para pagar dívidas da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), estatal federal administradora do metrô de Belo Horizonte.

A companhia pode, inclusive, ser extinta, o que pode atrasar ainda mais a criação da nova linha, uma vez que será achar uma empresa substituta para tocar o projeto.

A aguardada linha 2 faria a ligação do atual metrô ao Barreiro, que fica na região sudoeste da capital mineira e é uma das mais populosas do município. Hoje, os moradores dependem de ônibus para o transporte público no local.

Belo Horizonte tem proporcionalmente uma das menores ofertas de metrô entre as capitais brasileiras. São 19 estações na única linha que corta a cidade a partir de Venda Nova, na zona norte, até o bairro Eldorado, em Contagem, cidade na região metropolitana.

O anúncio da linha 2, que será feito na sede do governo mineiro, tem como base a aprovação, na segunda (27), do PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) 15 de 2021, que abre um crédito de R$ 2,8 bilhões para o Ministério da Economia aplicar no metrô da capital mineira.

Procurados, a CBTU e a pasta não informaram quanto desse montante bilionário será destinado para pagar dívida da estatal em Minas e quanto efetivamente será destinado para a obra da capital. Com base no teor do projeto aprovado, nada disso tem prazo para ocorrer.

O governo de Minas afirma que acompanha os estudos da gestão federal para a expansão do metrô de Belo Horizonte.

O sistema de trens urbanos da capital começou a funcionar em 1986. Tinha, então, seis estações e 10,8 quilômetros. Chegou ao formato atual, com 19 estações e 28,1 quilômetros, em 2002 —diariamente, atende 210 mil passageiros em média.

Para efeito de comparação, o metrô do Recife, também administrado pela CBTU, e que foi inaugurado na mesma época do de Belo Horizonte, em 1985, tem atualmente 70,4 quilômetros e 36 estações. O sistema atende a 374 mil pessoas por dia.

A expansão do metrô da capital mineira é uma das mais esperadas e também uma das mais anunciadas do estado, sobretudo em períodos eleitorais, há pelo menos duas décadas.

Bolsonaro, que registra altos índices de rejeição, conforme as últimas pesquisas Datafolha, decidiu, com a aprovação do projeto na segunda, viajar a Belo Horizonte já nesta quinta para anunciar os recursos.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, atrás apenas de São Paulo. O anúncio foi incluído no giro que o presidente vem fazendo pelo país para anunciar obras por seus mil dias à frente do governo federal.

Em agosto, o PT de Minas chegou a anunciar a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao estado, após uma sequência de passagens por capitais nordestinas. A data da viagem, porém, ainda não foi confirmada.

Nesta terça (28), Bolsonaro esteve em Teixeira de Freitas (BA), onde entregou títulos de propriedades rurais.

Além de ter dito que acompanha os estudos da União para a expansão do metrô de Belo Horizonte, o governo estadual afirmou ainda que vai aportar R$ 427 milhões ao projeto.

“O processo prevê a desestatização da companhia e a concessão dos serviços à iniciativa privada”, afirmou o governo do estado, em nota.

“A responsabilidade do metrô na região metropolitana de Belo Horizonte é da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos – CBTU, empresa vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Desta forma, todo o processo é conduzido pela União”, acrescentou o estado.

A reportagem enviou pedidos de informações para a CBTU e os ministérios da Economia, da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional, mas não obteve respostas.

Folha de S. Paulo

 

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