Começam a ocorrer “incidentes” em Brasília

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Foto: Agência O Globo

Os atos do 7 de setembro começaram com incidentes registrados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro levam cartazes e gritam palavras de ordem contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os atos ocorrem em meio a uma forte queda na popularidade do presidente, com alta da inflação, crise energética e com o país sob a pandemia da Covid-19 que já tirou a vida de 580 mil brasileiros.

Pela manhã, a Polícia Militar do Distrito Federal disparou bombas de gás para dispersar um grupo que havia soltado fogos próximo ao Palácio do Itamaraty. Não era permitido entrar com fogos de artifício no local. O deputado federal Kim Kataguiri (DEM) publicou o momento em que agentes da PM dispersam manifestantes.

 

O episódio ocorreu numa via que dá acesso à Praça dos Três Poderes, onde há um bloqueio para que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro não cheguem ao Supremo Tribunal Federal (STF). O GLOBO presenciou o momento em que eles foram obrigados a recuar. A Polícia Militar anunciou a convocação de todo o seu efetivo para atuar nos protestos.

Ao longo da Esplanada, caminhões e ônibus estão estacionados. Diversos apoiadores gritam palavras de ordem, principalmente contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Parte deles carrega faixas com dizeres antidemocráticas. Uma delas defende a intervenção militar no Judiciário e no Legislativo. O apoio a uma intervenção militar é pauta de uma minoria no país. Pesquisas mostram que mais de 70% dos brasileiros defendem a democracia.

Muitas pessoas presentes não usam máscara de proteção. Num outro ponto, um grupo coleta assinaturas para a formação do Aliança pelo Brasil, partido de apoio a Bolsonaro.

A PM do Distrito Federal afirmou, previamente, que revistaria todos os manifestantes que fossem à Esplanada. Porém, além de não ter feito vistoria nos veículos que adentraram o local na noite de segunda-feira, realiza uma fiscalização falha nesta terça-feira: apenas algumas pessoas que carregavam mochilas ou bolsas estavam sendo vistoriadas. Quem foi à Esplanada sem nada passou direto pela PM. A vistoria também foi desta maneira nos atos de oposição ao governo, que ocorre na Torre de TV, que fica a cerca de três quilômetros da Esplanada.

Durante a madrugada também houve princípio de confusão. Caminhoneiros conseguiram furar bloqueios de acesso à Esplanada e estacionaram num local onde não era permitido. Policiais também não conseguiram impedir a instalação de um acampamento em frente a ministérios e ao Congresso.

Por volta das 22h, um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), chegou ao local, cumprimentou os apoiadores e subiu em um dos caminhões.

No Twitter, o ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), elogiou a ação: “Lindo ver Brasília ser tomada por pessoas de bem. Pessoas ordeiras, que só querem viver num país mais justo, mais livre e mais democrático. Tá bonito de ver!!! Viva o 07 de setembro!!!”, escreveu.

O incidente começou por volta das 20h, quando caminhoneiros e outros apoiadores do presidente pressionaram policiais para ultrapassar o bloqueio e conseguiram acesso. Grades de segurança foram derrubadas.

— Houve uma invasão. Em nenhum momento os policiais permitiram a passagem. Eles furaram o bloqueio e desligaram os caminhões. Agora, estamos negociando a saída deles — admitiu o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Julio Danilo.

A segurança na Esplanada é feita pelo governo do Distrito Federal, enquanto os prédios do STF e do Congresso têm segurança própria e recebem apoio do governo do DF. Já o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada são de responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O Globo

 

 

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