Finalmente os bolsofilhos fecharam as matracas

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Foto: Reprodução

Quase 24 horas após a publicação da “declaração à nação”, carta em que o presidente Jair Bolsonaro recuou depois das declarações de tom golpista com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes nas manifestações de 7 de setembro, parte dos filhos do chefe do Executivo adotaram uma única tática: o silêncio. Nas redes sociais, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) não publicou nada sobre o assunto, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deixou apenas uma resposta no ar. Já o senador Flávio Bolsonaro foi sucinto, e postou apenas um apelo: “confiem no capitão”.

Em nota publicada nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que nunca teve “a intenção de agredir quaisquer Poderes”, e que suas “palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.” No Twitter, a reação de aliados do presidente não foi positiva, e termos como “covarde”, “Bolsonaro arregou” e a #BolsonaroAcabou rapidamente foram rapidamente alçados à lista de assuntos mais comentados da rede social.

Em uma lista de transmissão no aplicativo mensageiro Telegram, o senador Flávio Bolsonaro publicou no início da noite de ontem uma foto de Jair Bolsonaro com a mensagem “confiem no capitão”. No texto anexado à imagem, Flávio afirmou aos seguidores que “ele (Jair Bolsonaro) sabe o que está fazendo e é para o bem do Brasil”. Nos comentários, grande parte dos seguidores reafirmaram a confiança em Bolsonaro, e disseram acreditar que o movimento “faz parte de algo maior”.

Publicação de Flávio Bolsonaro no Telegram

“Calma…nas ruas, damos o recado aos inimigos da nação que o Presidente eleito vai governar e nos proteger contra arbitrariedades, SIM. O resto virá com o tempo…mostramos que não abriremos mão do nosso PODER DE POVO. #EuConfionoPresidenteBolsonaro”, publicou uma das seguidoras.

No Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro passou a tarde desta quinta repercutindo os atos de 7 de setembro. Em uma das publicações, Eduardo culpou a alta da inflação pelas restrições de circulação para contenção da transmissão da Covid-19. Segundo o parlamentar, a “conta” dos lockdowns chegou e a culpa é “de qualquer um, menos de Bolsonaro”.

 

No final da tarde desta sexta-feira, Eduardo citou indiretamente o recuo de Jair Bolsonaro pela primeira vez e deixou uma resposta no ar. O parlamentar republicou um tuíte do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e afirmou que “a reação de seus oponentes mais vaidosos podem sinalizar se sua conduta foi boa ou ruim”.

 

O vereador Carlos Bolsonaro adotou uma estratégia semelhante, e permanece publicando imagens das manifestações com pautas antidemocráticas, as quais o presidente tentou se retratar na carta de ontem. Além disso, Carlos publicou ataques à esquerda, ao ex-presidente Lula e à imprensa.

No documento, dividido em dez pontos, escrito junto com o ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro afirma que não teve intenção de agredir e que pessoas que exercem o poder “não têm o direito de ‘esticar a corda'”, o que prejudicaria a vida dos brasileiros e a sua economia.

Nesta sexta-feira, o presidente se pronunciou em relação às críticas que recebeu pela nota pública. Segundo Jair Bolsonaro, as pessoas não estão lendo o texto na íntegra e “reclamando”. O presidente pediu ainda para seus aliados “darem um tempo”, que logo reconquistará a confiança deles, e apresentou dados positivos nos indicadores financeiros após o anúncio da sua mensagem ao país.

O Globo

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