Financiamento dos atos de 7 de setembro será investigado

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Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press

Parlamentares de oposição pediram que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) investiguem a origem do financiamento das manifestações pró-governo, realizadas no feriado do 7 de Setembro. Deputados e senadores querem que seja apurado possível envolvimento de empresários nos atos bolsonaristas.

O motivo foi a viralização de vídeos que circulam nas redes sociais e acendem a suspeita de que grupos apoiadores de Jair Bolsonaro teriam sido pagos para defender o discurso dos atos antidemocráticos e de uma nova ditadura. As imagens, que tiveram ampla divulgação na internet, mostram bolsonaristas que vieram em caravana até Basília para manifestar apoio à pauta do presidente da República.

Um desses vídeos mostra um homem de camiseta amarela, dentro de um ônibus, distribuindo R$ 100 a cada um dos passageiros. Outra pessoa filma a ação e diz: “Olha isso, cara. Eu achei que era brincadeira. Uma camiseta para cada um, mais o ônibus e mais R$ 100 para alimentação. Deus abençoe!”

Uma das empresas citadas nas imagens é a Máquinas Agrícolas Jacto S.A, que nega qualquer participação nos atos bolsonaristas. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que vai acionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Estou oficializando para que ele determine a investigação do financiamento dos atos antidemocráticos, que pedem o fechamento do Congresso e do STF. Precisamos saber quem está pagando essa conta e com que dinheiro”, disse por meio de seu perfil no Twitter.

O deputado Túlio Gadelha (PDT-PE), por sua vez, afirmou que o vídeo não tem indícios de manipulação e pedirá ao Ministério Público Federal a abertura de investigação contra a empresa. “Ele (pessoa que grava o vídeo) cita explicitamente que a família Nishimura está patrocinando aquele ato. Cabe investigar, procurar saber quem são as pessoas, quanto receberam, como aquele dinheiro foi parar ali. Existe um financiador, mas também organizadores; quem participou do processo de organização, quem contratou esses ônibus, fez essas camisas”, afirmou.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF, 13 grupos foram cadastrados pelo Núcleo de Atividades Especiais (Nucae), da SSP/DF.

Na avaliação do advogado Karlos Gad Gomes, especialista em direito público, caso fique comprovado que o governo ou empresas financiaram a manifestação, não há nenhum crime de fato. No entanto, a origem da verba poderia levantar suspeitas e justificar a abertura de uma investigação. “Se comprovando que houve desvio de finalidade do dinheiro público para incentivar e patrocinar manifestações contra os demais poderes, o responsável pode vir a responder por crime de responsabilidade — o que pode gerar um impeachment do presidente”, explicou.

Em Brasília, a manifestação realizada na Esplanada dos Ministérios reuniu cerca de 400 mil pessoas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O ato em apoio ao presidente contou com pessoas de diversas partes do Brasil. As principais reivindicações do grupo foram a adoção do voto impresso e a destituição de ministros do STF.

Desde então, os bolsonaristas seguem acampados na capital. Um grupo de caminhoneiros quer uma reunião com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para pedir que os senadores analisem os processos de impeachment contra ministros da Corte — o que o presidente remeteu ao Senado contra Luís Roberto Barroso foi devolvido.

Correio Braziliense

 

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