Baixa “Bolsonaro” em Wassef, que surta e ataca

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Foto: Bruno Santos

Advogado dos Bolsonaros, Frederick Wassef apresentou ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) uma reclamação disciplinar contra a procuradora da República Márcia Brandão Zollinger.

Em junho, Zollinger recomendou o arquivamento do inquérito aberto para apurar possíveis irregularidades na elaboração de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre transações financeiras de Wassef, que é amigo do presidente Jair Bolsonaro e de sua família.

Wassef contesta a veracidade do relatório produzido pelo Coaf —para ele, um covil de organização criminosa do qual se diz vítima.

Apesar de a Justiça Federal já ter determinado a continuidade das investigações a despeito da manifestação da procuradora, no dia 8 de outubro Wassef requereu instauração de processo administrativo disciplinar contra Zollinger.

O caso corre em segredo de Justiça. Nem o CNMP nem Zollinger se manifestaram sobre esse pedido.

Na reclamação que assina, Wassef afirma que a procuradora “fez parecer que o Coaf nada fez de errado e agiu dentro da legalidade, o que é vergonhosa mentira e um sofisticado ardil para enganar a todos, com o único e claro objetivo de blindar e proteger a organização criminosa que está infiltrada dentro do Coaf”.

“Na contramão do Ministério Publico Federal, sem qualquer justificativa ou motivo plausível –além de contrariar frontalmente a ordem do TRF da 1ª Região–, a reclamada pronunciou-se pelo arquivamento extemporâneo e prematuro da investigação, logo em seu nascedouro, no inicio do inquérito policial sem que houvessem sido iniciados os trabalhos da Policia Federal em verdadeira interdição da produção de provas, impedindo a ação e os trabalhos da Policia Federal, obstruindo a Justiça, descumprindo determinação judicial, agindo como se fosse advogada de defesa dos criminosos que estão infiltrados no Coaf”, escreveu Wassef.

No documento encaminhado ao corregedor do Ministério Público, o advogado afirma que a procuradora mentiu deliberadamente ao afirmar que existe movimentação financeira atípica em sua conta.

“Essas informações falsas e fraudulentas foram passadas e criadas exatamente pelos mesmos criminosos do Coaf. A reclamada assim procedeu para proteger os criminosos do Coaf e tentar encerrar a investigação, justamente por saber que no curso da investigação ficaria provado que tais informações são falsas e que o reclamante jamais teve conta em tais bancos”, repetiu.

Wassef queixa-se ainda da divulgação de peça de inquérito policial, incluindo seus dados pessoais, no site do Ministério Público Federal.

Segundo ele, a notícia disponibilizava link de acesso à manifestação subscrita pela procuradora, na qual havia a transcrição de 34 comunicações relativas a movimentações financeiras que constavam do relatório.

Há um ano, Polícia Federal abriu inquérito para investigar a movimentação financeira de Wassef, a partir de relatório do Coaf. Em janeiro de 2021, o TRF-1 anulou esse relatório que apontava suspeitas nas transações financeiras do advogado, encerrando a investigação.

Em fevereiro, determinou abertura de inquérito para investigar irregularidades na elaboração do relatório pelo Coaf. Sem concluir a investigação, a PF pediu dilação de prazo para sua realização.

Em junho, a Procuradoria recomendou o arquivamento das investigações. Para o MPF, o Coaf apenas produziu e enviou o documento para órgãos de fiscalização seguindo critérios técnicos e de forma impessoal após receber 34 comunicações de transações atípicas do advogado.

Em agosto, a Justiça Federal em Brasília determinou que a Polícia Federal desse continuidade às investigações. O juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Criminal, negou o pedido de arquivamento, por considerá-lo prematuro.

Em pé de guerra com o Coaf, Wassef decidiu apresentar reclamação contra a procuradora. Cita abuso de autoridade e prevaricação como condutas eventualmente praticadas por ela.

Folha de S. Paulo

 

 

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