Centrão quer R$ 22 bilhões para manter apoio a Bolsonaro

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Foto: Marcos Corrêa/PR/Divulgação

O balão de ensaio lançado pelos líderes do Centrão no governo e no Congresso sobre uma futura emenda constitucional para criar vagas de senador vitalício aos ex-presidentes.

Não é ideia nova. Novidade é a ansiedade dos chefes do agrupamento, esteio parlamentar do governo, em fixar limite de pista para decolagem da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição. Empenharam-se em três avisos, com uma fatura bilionária anexada.

Começaram o mês dizendo-lhe que precisa recuperar poder de competição nas pesquisas até o final do primeiro trimestre de 2022.

No virada da quinzena alertaram sobre a dependência de sua popularidade de uma rápida recuperação da economia, com queda no desemprego, redução da inflação e dos juros.

Fecharam outubro acenando com um salvo-conduto, a vaga de senador vitalício, com garantia de foro privilegiado e imunidade parlamentar até o fim da vida.

Como Bolsonaro e os tapetes verde e azul do Congresso sabem que isso é inviável, restou no Palácio do Planalto o pragmatismo dos líderes do Centrão: seguem a bordo, mas a pista da candidatura à reeleição é curta.

Ela tem a medida do pagamento das verbas previstas no Orçamento do próximo ano. Numa conta de padaria, somam R$ 22 bilhões — equivalente a 62% do custo do Bolsa Família, em vias de extinção. Dividem-se em R$ 16 bilhões em emendas (RP-9), R$ 5 bilhões em fundo eleitoral e R$ 1 bilhão em fundo partidário.

O ponto de desembarque foi sinalizado, caso as chances de decolagem do candidato não melhorem.

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