FMI excluiu Brasil de crescimento de produtores de commodities

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Foto: Benedikt von Loebell/World Economic Forum/Flickr

A alta do preço dos produtos primários no cenário internacional, pressionados pela alta demanda sobre a oferta, ajudou países em desenvolvimento e emergentes exportadores de commodities a terem seu crescimento em 2022 revisado para cima. O Brasil, porém, ficou de fora deste grupo, de acordo com informações do relatório World Economic Outlook (Perspectivas da Economia Global), do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta terça-feira, 12.

O PIB brasileiro foi revisto de 5,3% para 5,2% para este ano e de 1,9% para 1,5%, para o ano que vem. Entre os fatores elencados pelo relatório que prejudicam a expansão brasileira está a inflação, prevista em 7,9% para 2021 e em 4% para 2022. Apesar de alta, a estimativa é inferior à do mercado financeiro, que no último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, previu um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 8,59% até o final deste ano.

Além da inflação, os economistas do FMI apontaram a taxa de desemprego no país, prevista para acima de 13% tanto em 2021 quanto em 2022. O número é alto, mas mais otimista que os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 14,1% de desempregados no 2º trimestre de 2021.

Vale lembrar que o ciclo de alta da Selic, que deve atingir 8,25% até o fim do ano e 8,75% até 2022, bem como o risco fiscal e as incertezas políticas com a aproximação das eleições presidenciais do ano que vem também são fatores que prejudicam a recuperação da economia brasileira após a pandemia da Covid-19. Há ainda a desaceleração da China, principal importadora de commodities do Brasil. No acumulado do ano, as ações da mineradora Vale na B3 acumulam queda de 10,76%.

Apesar dos países estarem se recuperando da crise sanitária com o avanço das vacinações e com as políticas econômicas estimulativas, o FMI revisou o PIB global para baixo em 0,1 ponto percentual, para 5,9% em 2021 e 4,9% em 2022. “A revisão em baixa das projeções para 2021 reflete um recuo nas previsões para as economias avançadas – em parte devido a rupturas no abastecimento – e para os países em desenvolvimento de baixa renda – em grande medida devido ao agravamento da dinâmica da pandemia”, disse Gita Gopinath, assessora econômica e diretora do departamento de pesquisa do FMI, no relatório.

O estudo apontou ainda que a variante delta e as ameaças de novas cepas do vírus aumentam as incertezas sobre a velocidade da recuperação das economias, além de maiores dificuldades de se implementar políticas econômicas de auxílio aos países, devido a suas limitações. Para a América Latina e o Caribe, porém, onde estão países exportadores de commodities, o FMI prevê crescimento de 6,3% em 2021, o que equivale a 0,5 ponto percentual acima da projeção anterior, e de 3% em 2022.

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