Lula impulsiona Freixo ao governo do Rio

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Foto: Montagem com fotos de Divulgação, Evaristo Sá/AFP e Brenno Carvalho/Agência O Globo

Pesquisa feita pela Quaest a pedido do GLOBO com cenários para a eleição ao governo do Rio em 2022 indica que, se por um lado o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) obtém a maioria de seus votos entre eleitores do ex-presidente Lula (PT), por outro lado o eleitorado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não encontra destino definido. Nas intenções de voto gerais, divulgadas pelo GLOBO na quinta-feira, Freixo leva vantagem nos três cenários testados em relação ao atual governador Cláudio Castro (PL). Por ora, segundo a pesquisa, Castro não recebe de forma tão clara a preferência de eleitores de Bolsonaro na mesma medida em que Freixo atrai os votos lulistas.

Em relação à disputa presidencial, Lula lidera com 43% das intenções de voto em dois cenários distintos, enquanto Bolsonaro varia entre 29% e 30%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 8% e 9%, desempenhos superiores ao do ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, do mesmo partido, mas que não herda os votos de Ciro até aqui.

A Quaest é um instituto de consultoria e pesquisas quantitativas e qualitativas, e um dos parceiros do Sonar, blog do GLOBO voltado para análise de discursos e conteúdos políticos nas redes sociais. A pesquisa, feita para o GLOBO, entrevistou 1.804 pessoas no estado do Rio de forma presencial entre os dias 22 e 26 de outubro. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, e o índice de confiança é de 95%.

A Quaest fez o cruzamento entre as intenções de voto presidenciais com a preferência por candidatos ao governo do Rio. No cenário da pesquisa que considera as quatro pré-candidaturas já colocadas publicamente ao governo — Freixo, Castro, Rodrigo Neves e Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que deve se filiar ao PSD em janeiro —, a maior indefinição ocorre entre eleitores de Bolsonaro: 58% dos bolsonaristas não declaram voto em nenhum do quatro.

Mesmo contra candidatos considerados de esquerda ou de centro-esquerda, Castro recebe a preferência de 26% dos bolsonaristas, o maior índice neste grupo, mas com menor impacto do que os 37% de eleitores de Lula que declaram voto em Freixo no mesmo cenário.

A pesquisa aponta ainda que Castro mantém um piso de 10% dos votos de eleitores lulistas independentemente dos adversários que enfrenta. Considerando a diferença de amostragem de eleitores de Bolsonaro e de Lula, devido ao maior volume que apoia hoje o petista, Castro aparece com desempenho parecido nos dois grupos. No cenário em que polariza com Freixo, o governador é citado por bolsonaristas e lulistas numa proporção de 60-40: isto é, quando somados os votos declarados em Castro em ambos os grupos, o peso dos eleitores de Bolsonaro é de 60%, contra 40% de eleitores de Lula.

Para efeito de comparação, no mesmo cenário, Freixo tem o triplo das intenções de voto de Castro entre lulistas e apresenta maior dependência do eleitorado do petista: 84% dos votos do deputado do PSB vêm de eleitores de Lula, e apenas 16% dos de Bolsonaro, quando se leva em conta apenas os dois grupos.

Em meio à possibilidade de que Bolsonaro se filie ao PL, mesmo partido de Castro, o governador tem procurado manter uma distância segura em relação ao presidente, de olho em maior trânsito entre diferentes grupos políticos. A costura de Castro envolve acenos tanto a aliados do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), quanto a integrantes do PT fluminense que mantêm reservas quanto a um apoio a Freixo.

Nas intenções de voto gerais, Freixo e Castro são superados por Paes em um dos cenários testados, e o governador fica atrás do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) em outro. Paes e Mourão não têm se colocado, publicamente, como pré-candidatos ao governo.

No terceiro cenário da pesquisa ao governo do Rio, que inclui Mourão, o vice-presidente é o preferido de 35% dos eleitores de Bolsonaro. Ou seja, apesar de ambos terem protagonizado atritos públicos desde a eleição de 2018, e da incerteza se o presidente apoiaria diretamente a campanha de seu vice, Mourão é o preferido de um em cada três bolsonaristas no Rio quando enfrenta Castro e candidatos da esquerda. Este é o cenário em que há menor indefinição de bolsonaristas: o somatório entre brancos, nulos e indecisos fica em 33%, bem abaixo dos quase 60% de apoiadores do presidente que não declaram voto em nenhum candidato ao governo quando as opções são Freixo, Castro, Rodrigo Neves e Santa Cruz.

Mourão ainda não definiu se será candidato em 2022, a qual cargo concorrerá e em que estado; ele também avalia se lançar ao Senado no Rio Grande do Sul.

O levantamento da Quaest também aponta que, numa hipotética candidatura a senador pelo Rio, Mourão segue atraindo a maior parte dos votos bolsonaristas, mas divide a preferência com nomes como Marcelo Crivella (Republicanos) e Romário (PL), candidato à reeleição. No cenário sem Mourão, Romário aparece hoje com a preferência tanto de eleitores de Bolsonaro quanto de Lula e de Ciro.

Na disputa pelo governo do Rio, no cenário em que Paes é testado, o prefeito do Rio rivaliza com Freixo pela preferência do eleitorado lulista — cada um figura com 28% das intenções de voto neste grupo.Nos dois cenários sem Paes, o desempenho de Freixo melhora cerca de dez pontos percentuais entre eleitores de Lula.

Paes, que tem declarado não ter planos de deixar a prefeitura do Rio para disputar o governo em 2022, chega a ter 22% da preferência de eleitores de Bolsonaro no cenário em que é testado, rivalizando com Castro, citado por 24% dos bolsonaristas neste desenho. O prefeito é também o mais lembrado entre eleitores de Ciro Gomes.

Embora seja do mesmo partido que o pedetista e pretenda abrir um palanque no Rio para sua campanha presidencial, Rodrigo Neves atrai apenas 4% dos votos de Ciro atualmente no cenário hipotético em que Paes está na disputa. Nos outros dois cenários, Neves chega a 9% dos eleitores ciristas, ainda assim atrás de Freixo, que ultrapassa os 35% de preferência neste grupo hoje, faltando cerca de um ano para a eleição.

O Globo 

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