Ministro da Defesa critica CPI e ouve perguntas sobre voo de Damares e Michelle

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Foto: Reila Maria/Câmara dos Deputados

O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, disse nesta quarta-feira, em audiência pública na Câmara, que seu indiciamento no relatório final da CPI da Covid “é um grande equívoco”. O ministro afirmou que apresentará documentos quando for solicitado.

— Isso tudo já está documentado, quando for requerido nós temos toda documentação para mostrarmos que aquilo ali é um grande equívoco, que aquilo ali não está correto — afirmou Braga Netto, na Comissão de Relações Exteriores.

No relatório final da CPI, Braga Netto foi indiciado por epidemia com resultado morte. O general, como ex-ministro da Casa Civil atuou como coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, órgão central na articulação das ações do governo na pandemia. Braga Netto não chegou a ser convocado.

Em relação à carona dada pela ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a sete parentes da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em uma viagem de Brasília para São Paulo, o ministro preferiu não comentar. O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior, afirmou que as informações sobre voo e quantidade de passageiros foram divulgadas pela FAB.

– Cada autoridade solicita o voo, e é dela a responsabilidade da lista de passageiros – afirmou o comandante, jogando para o ministério de Damares dar explicações sobre o caso.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que foi um dos deputados indicados como monitorado pelo Centro de Comunicação Social do Exército durante a tramitação do PL 1.645/2019, e questionou o ministro sobre a atuação da pasta. O projeto garantiu a reestruturação da carreira dos militares com regime especial de previdência. Braga Netto negou qualquer atuação do ministério.

— Não se faz nada fora do previsto em lei (…) não existe monitoramento de parlamentares. Outra coisa que o senhor disse que é preocupante, não existe insubordinação nas Forças Armadas, se houver insubordinação ela será punida — disse Braga, aumentando o tom de sua fala.

— É importante baixar o tom, porque eu falei em um tom adequado — interrompeu Braga

— Eu não estou sendo grosseiro, eu estou deixando claro — respondeu o ministro.

Braga Netto também foi indagado sobre o pagamento aos generais de primeiro escalão do Planalto de salários acima de R$ 100 mil, no mês de junho. O ministro justificou que os pagamentos foram retroativos, incluindo parcela do 13º salário.

A Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite o emprego de militares em ações de combate a crimes ambientais na Amazônia, foi outro ponto debatido na audiência.As tropas participaram em ações preventivas e repressivas para combater o desmatamento e queimadas ilegais, por exemplo.

O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) questionou o “fracasso” do governo, o que foi rebatido pelo ministro. Braga Netto citou números como a arrecadação de R$ 3 bilhões em multas, 1100 máquinas apreendidas e 375 prisões.

— A fiscalização aumentou muito com a nossa participação e o resultado foi expressivo — afirmou o ministro.

Na semana passada, o vice-presidente Hamilton Mourão informou que o governo federal não renovará a operação com militares.

O ministro negou que as privatizações afetariam a soberania nacional, como no caso da Eletrobras e Petrobras. Ele disse que participa de reuniões no âmbito do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) no âmbito do que é de interesse da pasta.

— A defesa coloca suas posições, mas não existe ameaça à soberania – garantiu.

Braga Netto foi convidado para discutir em audiência pública a implantação da Política Nacional de Defesa (PND), da Estratégia Nacional de Defesa (END) e do Livro Branco da Defesa Nacional (LBDN).

O Globo 

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