Esmagado em 2018, Alckmin pode ser de vice de Lula a candidato a governador de SP

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Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ainda filiado ao PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin mantém seu futuro em aberto e negocia simultaneamente sua filiação a três partidos: o PSD, o União Brasil – sigla resultado da fusão entre PSL e DEM – e o PSB. Segundo aliados, Alckmin teria sido sondado até por integrantes do PT para ser candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os aliados e correligionários de Alckmin, há um consenso de que o PSD, o partido do ex-ministro Gilberto Kassab, oferece mais segurança política e financeira em uma eventual campanha do que o União Brasil, que abriga diversas correntes e não tem uma liderança nacional forte como Kassab.

O União Brasil é formado por integrantes do PSL e do DEM. A fusão foi aprovada pelas duas siglas em setembro, mas ainda depende de aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora o ex-governador mantenha um diálogo permanente com ACM Neto, que assumiu o cargo de secretário-geral do União Brasil, a ala paulista da nova sigla é comandada por remanescentes do PSL no Estado.

“A gente estuda todas as possibilidades para ver o que é melhor para o partido, sendo que a nossa meta é eleger pelo menos 10 deputados federais em São Paulo. O (apoio) ao Rodrigo (Garcia) não está descartado”, disse ao Estadão o deputado federal Júnior Bozella (PSL), integrante da cúpula do União Brasil. Vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB) é o pré-candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes.

Um dos interlocutores de Alckmin, o ex-deputado federal Silvio Torres, que foi presidente do PSDB paulista e tesoureiro nacional da legenda, disse que as conversas com o União Brasil “estão indo bem” e garantiu que o ex-governador vai disputar o governo paulista.

Já o ex-deputado estadual e também ex-presidente do PSDB paulista Pedro Tobias, que integra o núcleo duro alckmista, foi taxativo. “Tem muita briga no União Brasil. Se ele for para lá, eu fico no PSDB. Prefiro que ele vá para o PSD”, afirmou. Procurador pela reportagem, Kassab não quis se manifestar sobre a possível filiação de Alckmin ao seu partido

Além do PSD e União Brasil, o PSB virou opção para o ex-governador. A sigla de centro-esquerda passa por um processo intrincado de negociação política no plano nacional com o PT. A prioridade dos operadores políticos de Lula é atrair os pessebistas para o palanque do petista em 2022, o que ampliaria o espectro do ex-presidente para além do PCdoB e PSOL.

O PSB avisou ao PT que aceita a aliança desde que indique o candidato a vice ou receba o apoio do partido nas disputas regionais em Estados chave como Pernambuco, Rio de Janeiro e Maranhão. Foi nesse contexto que surgiu ideia de Alckmin se filiar ao PSB e disputar o governo com o apoio do PT, ou mesmo ser vice de Lula. Por ora, Alckmin tem o apoio declarado do ex-governador Márcio França, que comanda o PSB em São Paulo e integra a executiva nacional do partido.

Nas redes sociais, Alckmin afirmou que “muitas especulações” têm surgido sobre seu futuro político e que segue “percorrendo São Paulo.

Veja as opções do ex-governador para 2022
1. PSD

O partido de Gilberto Kassab é visto por aliados de Alckmin como o mais “seguro”, já que não tem correntes internas divergentes ou focos de resistência. Kassab também é apontado como um interlocutor confiável e que garantiria recursos do Fundo Partidário, além de um bom tempo de exposição na propaganda eleitoral na TV e rádio.

2. União Brasil

O novo partido que nasce da fusão entre DEM e PSL será uma potência eleitoral em termos de tempo de TV e recursos, mas seu diretório paulista resiste ao nome de Alckmin e mantém diálogo com a gestão João Doria/Rodrigo Garcia.

3. PSB

O partido do ex-governador Márcio França mantém as portas abertas para Alckmin e já subiu em seu palanque em São Paulo, mas a posição do partido no plano nacional será decisiva. Os pessebistas negociam uma aliança com Lula para a presidência, o que fez o nome de Alckmin surgir até como eventual vice do petista.

4. PSDB

Em cenário remoto, aliados de Alckmin dizem que se Doria perder as prévias do PSDB para Eduardo Leite e mudar de partido, o ex-governador poderia até continuar na legenda.

Estadão 

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