Há risco de apagão no ano que vem

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Foto: Matheus Veloso/Especial Metrópoles

O começo da temporada de chuvas mais cedo que o esperado aliviou a crise hídrica e afugentou o risco de apagão no país, mas o cenário para 2022 ainda é incerto. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no entanto, prevê um início de ano melhor do que o esperado, sinalizando que o uso das termelétricas, fontes que geram energia mais cara e poluente, será mais seletivo.

O órgão afirma, ainda, que os níveis de água dos reservatórios do Sul e Sudeste/Centro-Oeste, principais responsáveis pelo abastecimento energético do Brasil, estão em recuperação até o fim de novembro devido às chuvas de outubro – que chegaram adiantadas. A previsão era que o volume de água que caiu nos últimos dias fosse registrado apenas em dezembro.

Veja as expectativas do ONS para os reservatórios

Sul: reservatórios devem chegar até o fim de novembro com 53,4% de capacidade. No ano passado, no mesmo período, os reservatórios atingiram até 54% da capacidade.
Sudeste/Centro-Oeste: devem alcançar 21,3% da capacidade. Em 2020, no mesmo período, a porcentagem foi de 18%.
Norte: previsão é de um volume de 34,9% ao fim deste mês. No ano passado, no mesmo período, a capacidade utilizada foi de 38%.
Nordeste: volume deve chegar a 35,3% até o fim de novembro. Em 2020, na mesma época, a porcentagem era de 30%.

De acordo com a consultora de energia do Instituto Clima e Sociedade, Amanda Ohara, as chuvas trazem alívio, mas o governo ainda precisa deixar o estado de “alerta” ligado. “Embora estejamos em uma situação mais tranquila do ponto de vista dos apagões, não é possível ser tão otimista. Os níveis dos reservatórios ainda são muito baixos, vamos precisar contar com a sorte de novo para que no próximo ano não tenhamos mais um risco de apagão”, afirmou ao Metrópoles.

“As opções que o governo tomou para lidar com essa crise, como a contratação de térmicas, deixa a conta de luz mais alta para os próximos anos. Não temos mais risco de apagões, mas o governo não quis desligar as térmicas ainda, o que mantém custos altos”, acrescentou.

Os valores necessários para manter as termelétricas ligadas são repassados aos consumidores por meio da chamada “bandeira de escassez hídrica”, no valor de R$ 14,20 por 100 kWh. A bandeira foi acionada em setembro e deve continuar em vigor até abril de 2022. Representa quase 50% a mais do que o cobrado no patamar 2 da bandeira vermelha, de R$ 9,49.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS, disse que as térmicas precisarão ser utilizadas mais tempo e que os reservatórios devem ser recuperados em três anos. “Nos níveis que nós chegamos, não conseguimos recuperar os reservatórios em um ano. Para fazer isso, tem de economizar água. Para economizar água, tem de usar as térmicas”, assinalou.

“Mas nós não vamos encher reservatórios com térmicas de R$ 2,4 mil, então à medida que a gente tenha um pouco mais de folga e se configure com clareza o período chuvoso, a gente vai poder usar térmicas mais baratas para isso”, explicou.

Especialistas ouvidos pelo Metrópoles confirmaram que a situação “nem de longe está normal” e que ainda falta “muita chuva” para a situação energética estabilizar, principalmente em relação ao Sudeste/Centro-Oeste.

Metrópoles

 

 

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