Presidente do Senado diz que aceita mais transparência em emendas do relator

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Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Os partidos da oposição ao governo Bolsonaro PDT e PSB deram 25 votos a favor da PEC dos Precatórios, que foi aprovada com margem apertada no primeiro turno (apenas 4 a mais do que o mínimo necessário) e deve ser levada à segunda apreciação nesta terça-feira. Desde o fim de semana, os dirigentes das duas siglas intensificaram um trabalho de convencimento para reverter esses posicionamentos que foram cruciais no primeiro pleito.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, enviou nesta terça-feira uma carta a cada um dos dez parlamentares dissidentes. “O PSB é totalmente contrário à PEC dos Precatórios, seja pela injustiça que promove contra milhões de brasileiros, seja por seus objetivos políticos implícitos”, diz o texto, que busca ressaltar que a proposta, no fim, acabará beneficiando os deputados do Centrão ao “permitir a ampliação de gastos governamentais em ano eleitoral”.

Dos dez deputados que votaram alinhados com o governo Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Siqueira acredita que conseguirá mudar a opinião de pelo menos seis. Os outros quatro já costumam votar contra o posicionamento do partido e estariam de saída da legenda. O deputado Julio Delgado (PSB-MG), por exemplo, que votou favorável à PEC, já avisou que ficará afastado da Câmara nos “próximos dias” porque contraiu uma pneumonia bacteriana.

No PDT, cujo líder Wolney Queiroz (PDT-PE) orientou a bancada a votar sim pela proposta, a pressão do ex-ministro Ciro Gomes e do presidente da sigla, Carlos Lupi, surtiram efeito. Após colocar à disposição o posto de liderança, Wolney anunciou na madrugada desta terça-feira que a posição da bancada agora é contrária à PEC. “A decisão se deu em nome da preservação da nossa unidade partidária”, disse ele nas redes sociais.

O processo de convencimento do deputado envolveu até a atuação do pai dele, o deputado estadual Zé Queiroz (PDT-PE), que lhe deu chamada pública em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco .

—- Fiquei contrariado, confesso, porque esta não é a posição dele. Ele tem sido protagonista na Câmara Federal (…) contra os desmandos do presidente — afirmou Zé Queiroz, concluindo que esperava um reposicionamento do filho.

Uma reunião marcada para as 12h desta terça-feira na liderança do PDT deve confirmar o novo posicionamento da bancada, que viu o seu presidenciável Ciro Gomes suspender a pré-candidatura num ato simbólico contra a manifestação favorável à proposta governista.

— Não é simples, é um processo ainda em construção e só da reunião sairá a solução — disse Carlos Lupi, recusando-se a dar detalhes de quanto das 15 divergências conseguirá reverter até a segunda votação. — Parafraseando Chacrinha: a conversa só acaba quando termina. Mas estamos indo bem — acrescentou ele.

Nesta segunda-feira, a oposição ainda tentou sensibilizar os parlamentares por meio da pressão externa nas redes sociais – campanhas virtuais foram impulsionadas marcando o nome de deputados e os associando à “CPI do Bolsolão” em referência à liberação das emendas do orçamento secreto para a base governista.

Do lado dos partidos independentes, como MDB, PSDB e Podemos, que também entregaram votos cruciais para a aprovação da PEC, há pouca esperança de revisão dos votos.

— Vai variar porque havia deputados ausentes na última sessão, mas a tendência é continuar praticamente o mesmo. O governo também tem se empenhado muito — disse o líder do MDB, Isnaldo Bulhōes, que votou contrário a proposta, mas viu 10 colegas se posicionarem a favor da PEC.

Conhecida como PEC dos Precatórios, a proposta de emenda à Constituição, que está em tramitação na Câmara, altera o pagamento de despesas do governo decorrentes de sentenças judiciais e o cálculo do teto de gastos, abrindo espaço para o presidente Jair Bolsonaro viabilizar o programa Auxílio Brasil.

O Globo 

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