Terceira via não apresenta soluções para economia

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Foto: Luiza Moraes / Agência O Globo

Mais antecipada do que de costume, a corrida eleitoral começa a entrar no terreno da economia, tema que ganhou prioridade diante de cenário de crise. Alguns pré-candidatos já anunciaram seus conselheiros para a área e apresentaram algumas propostas. Por enquanto, porém, segundo especialistas, só se ouvem discursos focados na macroeconomia, sem soluções para os problemas reais, que afetam o eleitor de forma mais direta, como desemprego, renda, baixa produtividade ou infraestrutura.

— O problema que vejo nas ideias econômicas que começam a ser veiculadas (pelos pré-candidatos) é que falta um plano de desenvolvimento de Estado, que ataque desemprego, melhoria da infraestrutura, recuperação da indústria, logística, qualificação de mão de obra — avalia Walter Franco, professor de História Econômica e Economia Política do Ibmec.

Para o professor, é preciso olhar para a chamada microeconomia e ter metas que ultrapassem governos para resolver esses problemas. Franco diz que, independentemente de quem ganhe, é impensável que a próxima equipe econômica abandone máximas como boa gestão das contas, com redução do déficit público e obediência ao teto de gastos, além de manter a inflação dentro da meta e ter um bom colchão de reservas internacionais. E são justamente essas ideias que vêm circulando nos discursos dos conselheiros dos presidenciáveis.

Pré-candidato do Podemos, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro indicou o economista e ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore como assessor econômico. Pastore já criticou a gestão das contas públicas do atual governo, especialmente a aprovação da PEC dos Precatórios para viabilizar o Auxílio Brasil. A responsabilidade fiscal foi também um tema da campanha das prévias do PSDB e deve ser defendida pelo nome escolhido pela sigla.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acredita que é possível ter compromisso fiscal e, ao mesmo tempo, promover investimentos públicos, receita também defendida por Ciro Gomes (PDT). Embora não fale sobre participação em um futuro governo, o ministro Paulo Guedes aceitou romper o teto de gastos para turbinar o programa de distribuição de renda Auxílio Brasil.

— Quais as propostas para nossos problemas de logística? Como o novo governo vai melhorar o ambiente de negócios? A reforma tributária é fundamental, já que são as empresas que geram renda. Não se vê menção a isso nas propostas econômicas — diz Otto Nogami, professor de Economia do Insper.

Embora façam a ressalva de que ainda faltam 11 meses para a votação, analistas dizem que os pré-candidatos poderiam aperfeiçoar o discurso econômico. Eles lembram que a inflação, que impacta principalmente o preço dos alimentos, e o aumento do desemprego podem influenciar os votos.

Claudio Considera, pesquisador associado da FGV-Ibre, lembra que é preciso começar a olhar cedo para questões como educação, saneamento e transporte, que impactam a produtividade:

— Saneamento melhora a saúde das pessoas. E ninguém pode gastar quatro horas para ir ao trabalho. São essas reformas micro que garantem que a economia ande, haja mais produtividade.

Na linha de conselhos para os presidenciáveis, Walter Franco lembra que é preciso abrir diálogo com a indústria para levar as fábricas para “onde está a produção”.

O Globo 

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