Aras compartilhará dados de investigação de ataque de Bolsonaro às urnas

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Foto: JEFFERSON RUDY/AG. SENADO

Após requisição da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República Augusto Aras enviou nesta quinta-feira, 9, informações sobre o andamento das apurações preliminares que dão conta das declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra as urnas eletrônicas.

A ministra havia dado 15 dias para que a PGR detalhasse o andamento dos procedimentos. A ordem foi expedida em uma petição apresentada por deputados de oposição ao governo. Os parlamentares afirmam que Bolsonaro cometeu irregularidades em três frentes: ato improbidade administrativa por usar a TV Brasil para transmitir ataques ao sistema eletrônico de votação, propaganda política antecipada e crime eleitoral.

Em sua manifestação, Aras afirma que o caso está sob análise da assessoria criminal extrajudicial da PGR. Por ser uma investigação preliminar no âmbito da Procuradoria-Geral da República, que serve justamente para decidir se há ou não indícios que justifiquem a abertura de um inquérito formal, o procedimento – chamado de notícia de fato – corre sem supervisão judicial do STF. De acordo com o procurador-geral, as medidas ‘aguardam a finalização dos trâmites internos que, tão logo ocorram, serão encaminhadas’ ao tribunal.

Apenas no último ano, a PGR abriu 25 notícias de fato em desfavor do presidente, segundo informações prestadas por Aras ao Supremo. Até o momento, contudo, não imputou crime a Bolsonaro.

Ao cobrar informações do procurador-geral, no início do mês passado, Cármen Lúcia afirmou que ele agiu de forma ‘heterodoxa’ ao informar que já havia uma frente para analisar o caso na PGR e pedir o arquivamento da petição levada pelos deputados ao STF.

“Qualquer atuação do Ministério Público que exclua, ainda que a título de celeridade procedimental ou cuidado constituído, da supervisão deste Supremo Tribunal Federal apuração paralela a partir ou a propósito deste expediente (mesmo que à guisa de preliminar) não tem respaldo legal e não poderá ser admitida”, cravou a ministra.

Em resposta, Aras disse que o processamento das apurações preliminares na PGR serve como uma ‘espécie de purificador’ diante do volume de representações recebidas pelo órgão e tem como objetivo não ‘sobrecarregar’ o Supremo Tribunal Federal.

“Evitando-se que centenas de representações, algumas apócrifas, desconexas e/ou infundadas, aterrizem direta e desnecessariamente no campo da supervisão judicial da Suprema Corte”, escreve.

O procurador-geral afirma ainda que não se opõe ao compartilhamento das notícias de fato.

“De todo modo, considerando a disposição de acompanhamento próximo das notícias de fato em curso na Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público Federal não se opõe a compartilhar todos os apuratórios preliminares, com potencialidade ou não de instauração de inquérito sob supervisão judicial, quando for o caso”, segue Aras.

Estadão  

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