Estados cobram mais testes de covid do Ministério da Saúde

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Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

O surto de gripe, causado pelos subtipos H1N1 e H3N2 do vírus da influenza A, ligou o alerta das secretarias estaduais de Saúde por todo o Brasil. Apesar de alegarem, por ora, insumos suficientes para testes, governos locais já acionaram o Ministério da Saúde para que o estoque seja ampliado.

Questionadas pelo Metrópoles sobre a quantidade disponível de exames para detecção da doença, das 27 secretarias estaduais de Saúde, 11 confirmaram contato com a pasta ministerial.

É o caso, por exemplo, da Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins. Segundo dados do governo local, nas últimas semanas, houve demanda por mais testes em virtude da sazonalidade da doença e do aumento de casos.

“Mesmo não havendo falta de kits, o Laboratório Central faz a requisição junto ao Ministério da Saúde, pleiteando a manutenção de estoques suficientes para o atendimento das demandas por esse tipo de testagem”, explicou, em nota.

Santa Catarina seguiu a mesma tendência. “A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio do Laboratório Central (Lacen), tem em torno de 2,5 mil testes em estoque. A pasta aguarda o envio de mais por parte do Ministério da Saúde”, justificou.

Na capital do país, a quantidade disponível de exames, segundo a secretaria, é suficiente para a demanda atual. “O estoque de kits no DF é suficiente para 3.500 pessoas, sendo feitas solicitações mensais ao Ministério da Saúde, ou emergenciais, sempre que necessário, para que não haja desabastecimento”, resumiu.

Alguns estados, no entanto, alegam falta de respostas por parte do governo federal. Um deles é a Bahia. “O Ministério da Saúde sinalizou que não há testes para descentralizar e que faria uma aquisição, no entanto, não há previsão para tal ação. Com o consumo atual, nosso estoque dura entre 9 e 10 meses. Porém, caso haja um aumento expressivo de casos de influenza, esse estoque pode ser consumido rapidamente”, detalhou.

Pela regra, os pedidos de insumos são realizados pelos estados, mensalmente, e dispensados de acordo com a disponibilidade de estoque da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde (CGLAB), do Ministério da Saúde.

Blecaute atrapalha
No Acre, a situação é imprecisa. Segundo nota da secretaria do estado, a falha nos sistemas do SUS comprometem o monitoramento da doença. “O ataque de hackers aos sistemas do Ministério da Saúde, que prejudicou o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (SIVEP-GRIPE), nos deixou sem acesso aos dados, bem como as unidades e vigilância estão impedidas de notificar, extrair dados, dentre outras ações”, admitiu a pasta.

“Percebemos pela procura nas unidades de saúde que há um aumento da população com quadro de síndrome gripal. Devido ao ‘apagão’ no sistema, o estado não acessa os dados dos demais municípios, portanto, a verificação está sendo feita mediante informe semanal, verificando, assim, o aumento de síndrome gripal também nos municípios”, concluiu.

H3N2 pelo Brasil
O mesmo levantamento constatou que já foram notificados ao menos 2,9 mil casos de H3N2, sendo que 21 pessoas morreram por complicações da doença.

Até essa terça (28/11), estados que mais notificaram casos da gripe foram Amazonas (772), Bahia (623), Rondônia (485), Ceará (264) e Pernambuco (217). E pelo menos cinco estados já registraram mortes após contaminação pelo H3N2: Rio de Janeiro (7), Bahia (7), Pernambuco (3), Paraná (1), Espírito Santo (2) e Rio Grande do Sul (1).

Apesar dos números, as autoridades sanitárias ainda não tratam a situação como epidemia.

Versão oficial
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para questionar sobre estoques e apresentar as queixas das secretarias de Saúde, mas não obteve resposta até a mais recente atualização deste texto. O espaço continua aberto a esclarecimentos.

Metrópoles

 

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