Evangélicos querem ter três ministros no STF

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Foto: André Borges / Folhapress/16-07-2013

Fundador da igreja Sara Nossa Terra e um dos líderes evangélicos que mais se engajaram na campanha pela ida de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), o bispo Robson Rodovalho acredita que, depois do Executivo e do Legislativo, é hora de ampliar ainda mais os espaços do segmento no Judiciário.

Ele afirma que o presidente Jair Bolsonaro continuará tendo o apoio dos evangélicos na eleição de 2022 porque o PT descumpriu o que prometeu na pauta de costumes enquanto governou.

Nas últimas décadas, os evangélicos ampliaram espaços elegendo representantes no Executivo e no Legislativo. Por que a importância de expandir influência no Judiciário?

Porque o espaço não condiz com a nossa representação de mais de 30% da sociedade brasileira. Na primeira instância do Judiciário temos membros, a proporção cai na segunda instância e se reduz ainda mais em cortes superiores. Até a nomeação de André Mendonça na semana que passou, o STF não tinha evangélicos. Justamente por isso houve uma mobilização nunca antes vista das nossas lideranças.

Que pautas são essas que estão no STF que tanto interessam aos evangélicos?

Algumas já foram julgadas como a criminalização da homofobia, com resultado final confuso. Outras questões ainda serão abordadas como a descriminalização do aborto e do porte de drogas. São temas delicados.

Quais os próximos passos a serem dados pelos evangélicos para expandir influência no Judiciário?

Deveríamos ter pelo menos dois ou três ministros evangélicos ou do segmento cristão na Corte. Digo cristãos praticantes, porque é claro que há hoje no STF excelentes ministros compartilhando valores da família. Mas o discurso de abertura de espaço para minorias na sociedade acabou ofuscando o tamanho da maioria. O presidente Bolsonaro enxergou isso e fez a correção histórica.

O Brasil é o segundo país do mundo em mortes pela Covid-19 e o desemprego e a inflação atingiram altos índices este ano. Qual o segredo para Bolsonaro manter popularidade acima da média entre os evangélicos?

O presidente é uma pessoa bem intencionada, verdadeira e que fala o que sente. É espontâneo sem ser travestido de marketing. Tem muito valor isso num mundo tão maquiado como o de hoje. A crise econômica atingiu todos os países por conta da pandemia e não por decisões erradas dele. Pelo contrário. O dinheiro da União foi repassado para os estados. E sobre o combate ao coronavírus, se o Ministério da Saúde não comprou as vacinas três meses antes, é porque não havia condições contratuais para tal. Hoje, no entanto, somos um dos países que mais vacinam no planeta.

Não incomodam as agendas conflitantes com os evangélicos como a defesa das armas e da liberação do jogo?

No campo das armas, muitos evangélicos são a favor da posse. Há uma sensação generalizada da impotência do Estado no campo da segurança pública. No jogo, é verdade, a maioria é contra, eu inclusive. Mas há pessoas a favor por entender que é possível desenvolver regiões estagnadas. Todas as nações colonizadas e que viram o protestantismo se expandir como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália são lenientes com a questão do jogo.

Não incomodam sequer as denúncias de rachadinha contra os filhos do presidente?

Rachadinha faz parte do ambiente da política e a oposição maximiza esse tema. Para isso tem a Justiça, cabe a ela condenar ou absolver. Não podemos fazer julgamentos prematuros.

Como vê as sinalizações de presidenciáveis para os evangélicos como os gestos do ex-presidente Lula?

É natural, mas não basta conversar, é preciso se comprometer com certos valores. O PT já fez isso lá atrás. Fizemos alguns acordos com Lula e Dilma em temas como ideologia de gênero nas escolas e pautas LGBT. Eu, (pastor Silas) Malafaia e (bispo Edir) Macedo apoiamos o PT no passado. Acreditamos nos acordos estabelecidos porque, em vários momentos, candidatos do PSDB não aceitaram o que queríamos. Com o tempo, o PT acabou não cumprindo os acordos e implantou uma agenda contrária ao que acreditamos, atropelando os valores familiares.

O Globo

 

 

 

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