Moro dá razão a bolsonaristas que atacam STF

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Foto: Cristiano Mariz/O Globo

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos), pré-candidato a presidente, criticou nesta quinta-feira (9) o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter anulado suas condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou entender os ataques feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os atos antidemocráticos de 7 de Setembro, quando houve tentativa de invasão da Corte.

“A gente não pode defender nunca agressão a ministro ou mesmo ao Supremo Tribunal Federal. Essas afirmações, no entanto, refletem uma insatisfação. As pessoas ficam tristes, indignadas, porque querem ver a Justiça funcionar”, disse, ao participar de um programa na rádio Tupi.

Ex-titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Moro afirmou que “todo mundo sabe que houve esses roubos” na Petrobras e que a estatal “quase quebrou lá em 2015”. “E aí vem um tribunal [STF] e anula o caso por mera formalidade, ou diz que tinha que ser julgado em outra Justiça, e não em Curitiba? Ninguém entende isso. Eu respeito os tribunais, as instituições, mas as pessoas ficam indignadas com razão”, disse.

Moro argumentou que as decisões proferidas contra Lula foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. “Ou seja, não fui só eu. O próprio ex-presidente Lula só foi para a prisão quando o Supremo Tribunal Federal autorizou. E agora, três anos depois, o Supremo vem dizer ‘Ah, não tenho nada a ver com isso?’ Não. O próprio Supremo autorizou aquilo”, disse.

A anulação pelo plenário do STF em abril, no entanto, ocorreu em outro contexto, após o impacto da divulgação de mensagens trocadas entre Moro e promotores da Lava-Jato, que desgastaram a imagem do ex-juiz. Em junho, o Supremo manteve, por 7 votos a 4, a decisão da Segunda Turma da Corte, que havia apontado a parcialidade do ex-magistrado na ação penal contra Lula, no caso do tríplex do Guarujá.

Moro afirmou que “enquanto durou a Lava-Jato tivemos um momento diferente no país e as coisas funcionaram”, mas que agora o “sistema político, esse sistema da corrupção, está revidando”. O presidenciável citou outra decisão do STF, tomada nesta quarta-feira (8), que anulou uma das condenações impostas ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, preso há cinco anos por corrupção.

“O que o Cabral fez no Rio de Janeiro é um absurdo. Ele roubou do primeiro ao último dia pelo jeito. Eu mesmo decretei a primeira prisão dele. E agora vem lá o tribunal dizer que isso não aconteceu? Ou dizer que teve problema de um carimbo, uma formalidade que não foi cumprida? A gente tem que ser um pouco mais sério. Infelizmente está havendo um retrocesso. A gente respeita muito os tribunais, as instituições, mas isso deixa a gente indignado”, afirmou.

Moro lança no Rio, nesta quinta-feira, o livro “Contra o sistema de corrupção”. O ex-juiz começou a turnê de lançamento, há uma semana, em Curitiba, e depois foi a Recife e São Paulo. O pré-candidato tem aproveitado a divulgação do livro para travar contato com possíveis aliados.

Nesta qurta, na capital paulista, Moro teve encontro com os presidenciáveis João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Luiz Felipe D’Ávila (Novo), cientista político. A reunião com o tucano contou com a presença do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), pré-candidato ao governo de São Paulo, e ocorreu na residência da presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu.

Na pesquisa Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira, Moro ficou na terceira colocação, com 10%, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 46%, e do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 23%. O ex-juiz se desgarrou dos demais concorrentes, ficando à frente de Ciro Gomes (PDT) com 5%, de João Doria, com 2%, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e de Felipe D’Avila, ambos com 1%.

Valor Econômico 

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