Aliados de Bolsonaro ficaram alarmados com a pesquisa Quaest

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Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS

A situação precária do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas já preocupa integrantes do primeiro escalão do governo ouvidos pelo Valor, para quem o comportamento do mandatário tem prejudicado não só a sua popularidade como também afeta a coordenação do governo. Ontem, após a divulgação de mais um levantamento desfavorável, Bolsonaro acusou o golpe e dedicou boa parte de seu discurso em um evento sobre pesca a atacar de forma eloquente seu principal rival na tentativa de se reeleger: petista Luiz Inácio Lula da Silva.

“Querem reconduzir à cena do crime o criminoso juntamente com [o ex-governador de São Paulo] Geraldo Alckmin? É isso que queremos para o nosso Brasil?”, disse Bolsonaro.

A frase do presidente foi pinçada de uma fala proferida pelo próprio Alckmin, em 2017, em uma convenção do PSDB, partido que deixou recentemente. Agora, o ex-tucano é o nome mais cotado para ser o vice de Lula na eleição presidencial de outubro.

No discurso ontem, Bolsonaro acusou o ex-presidente de já estar loteando ministérios e bancos públicos, como a Caixa, entre partidos, antes da eleição. A acusação de toma-lá-dá-cá ocorreu apesar de Bolsonaro ter dois ministros do Centrão despachando dentro do Palácio do Planalto – Ciro Nogueira (PP, Casa Civil) e Flávia Arruda (PL, Secretaria de Governo).

Bolsonaro disse ainda que Lula tem “uma vida pregressa imunda” e que o objetivo de seu retorno ao poder seria “assaltar o país” e “roubar a nossa liberdade”.

Horas antes do evento no Planalto, uma pesquisa Quaest/Genial colocou o petista com 45% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro e 9% do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Assim como outros institutos indicaram recentemente, a Quaest apontou para a possibilidade de vitória de Lula em primeiro turno. O fato de que nenhum mandatário até hoje iniciou o ano em que disputaria a reeleição atrás na pesquisas, somado ao índice de rejeição na casa de 50%, só faz aumentar os temores dentro do governo.

Nos últimos dias, integrantes do primeiro escalão do governo já vinham manifestando nos bastidores preocupações com o desempenho do presidente. Ontem, após a fala de Bolsonaro, um ministro disse ao Valor que é preciso haver “um chacoalhão” para reverter esse quadro desfavorável.

Esse “chacoalhão”, afirmou a fonte, passa primordialmente por uma mudança no comportamento do próprio presidente. A começar pela maneira com que o presidente se comunica.

“Esse sincericídio dele, esse espontaneísmo exagerado tem que ser contido”, defendeu.

Outro problema que essa fonte identificou é que hoje diferentes setores do governo atuam com uma agenda própria. Falta, nesse sentido, coesão para formar um “governo monolítico”.

Um possível alento para Bolsonaro está no fato de que, na visão de seus ministros, o Auxílio Brasil já teve impacto na popularidade de do presidente no Nordeste, mesmo que os resultados ainda sejam ruins. Na região, onde está a maior parte dos beneficiários, a avaliação negativa caiu de 61% para 56%. A esperança no governo é que essa tendência se acentue com a entrada de mais famílias no programa nas próximas semanas.

Valor Econômico

 

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