Bolsonaristas defendem tenista barrado na Austrália por falta de vacina

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Foto: Reuters

Desde que teve sua entrada barrada na Austrália, nesta quarta-feira, devido a problemas com o visto, o número 1 do tênis mundial, Novak Djokovic, tem se tornado assunto também entre políticos brasileiros. Parlamentares bolsonaristas foram às redes defender o tenista que se recusa a apresentar um comprovante de vacinação contra a Covid-19, além de criticar o governo australiano pela exigência.

“Cientistas censurados, cidadãos bloqueados, senhoras algemas e agora esportista detido. Este autoritarismo disfarçado de sanitário só vai acabar quando a população assim determinar. Mais alguém aí admira Djokovic por ser um defensor das liberdades?”, escreveu o deputado federal, e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em sua conta no Twitter.

 

Na mesma rede social, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) compartilhou uma imagem em que se lê: “Tempos sombrios! Depois de ter visto cancelado, Djokovic fica ‘preso’ em hotel e aguarda audiência! Tenista se recusou a apresentar ‘passaporte da vacina’ e pode ser deportado”. Junto à publicação, a parlamentar escreveu “Força”, em sinal de apoio, e marcou o atleta.

 

Djokovic chegou a anunciar, no início da semana, que havia recebido uma autorização médica especial para disputar o torneio Australian Open, na cidade de Melbourne, sem a necessidade de comprovar a sua imunização. No entanto, ao chegar no país, o líder do ranking mundial de tênis teve problemas por ter solicitado o tipo errado de documento para ingressar na Austrália.

“O visto de Djokovic foi cancelado. Regras são regras, especialmente quando se trata de nossas fronteiras. Ninguém está acima dessas regras”, disse o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, sobre o caso. A deportação do atleta chegou a ser considerada, no entanto, o advogado de Djokovic apresentou um recurso na Justiça australiana e conseguiu que fosse marcada uma audiência sobre o caso para o início da próxima semana.

Apesar da autorização médica, o governo do estado de Vitória, que irá sediar a competição, determinou que apenas atletas, funcionários, árbitros e torcedores completamente imunizados sejam autorizados a ingressar no espaço das competições. Ainda que Djokovic não tenha revelado publicamente se recebeu ou não a vacina, ele e a família já deram declarações de que recusariam as doses.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que constantemente realiza publicações que questionam a eficácia e segurança das vacinas contra a Covid-19, requisitos comprovados pela Anvisa, foi outra parlamentar bolsonarista que defendeu o tenista sérvio. “Essa para mim é a imagem de um grande homem, defensor da liberdade. Parabéns, @DjokerNole”, escreveu a parlamentar no Twitter. Já o também deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que se posiciona recorrentemente contra os imunizantes, compartilhou outras publicações sobre o assunto como uma postagem que diz: “se ele (Djokovic) ficar firme servirá de exemplo heróico e de caráter contra as ditaduras sanitárias!”.

 

Embora as publicações de políticos que saíram em defesa de Djokovic tenham tido mais curtidas, compartilhamentos e interações, parlamentares da oposição também se manifestaram sobre o assunto elogiando a postura do governo australiano.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), escreveu em sua conta no Twitter que Djokovic “tinha tudo para ser uma das estrelas do Aberto da Austrália. Mas não se vacinou contra a COVID-19. E o governo da Austrália, corretamente, proibiu a entrada de não vacinados”.

 

O deputado federal Alencar Santana (PT-SP) também condenou a postura do atleta, e afirmou que “não adianta ser n° 1 do mundo na sua profissão se você não respeita a vida das pessoas ao redor. Recusa de Novak Djokovic em se vacinar é um caso emblemático. Parabéns ao @ausgov pela decisão de barrar o tenista. Negacionismo obscurantista em pleno século XXI não pode prevalecer!”

Também deputado federal, Ivan Valente (PSOL-SP) escreveu em sua conta na rede social que a “Austrália mostra ao mundo o que deve ser feito”.

 

 

O Globo  

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