Covid explode no país após festas de fim de ano

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Após as festas de fim de ano, o número de infecções pela Covid-19 cresceu em 18 estados e no Distrito Federal. A média móvel de contaminações em todo o país, que era de 5.033 em 28 de dezembro, evoluiu para 12.467 novos infectados ao dia na quarta-feira (5/1), o corresponde a uma alta de 147,7% em nove dias.

O aumento foi constatado em Amazonas, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo.

O levantamento foi feito a partir de dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) coletados pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

Com o período de festividades do Natal e do Réveillon e a falta de informações atualizadas sobre a pandemia no país desde que um ataque hacker afetou os sistemas do Ministério da Saúde, o número de novos infectados deve se mostrar ainda maior nas próximas semanas.

Dados de novos casos e também de mortes apenas começam a ser regularizados e, com isso, não é possível determinar se a situação do país está pior do que os números divulgados dão a entender. Autoridades e analistas afirmam que o país vive um apagão de dados, o que impossibilita também avaliar a necessidade de medidas sanitárias mais restritivas de contenção. As interferências causadas pelo ataque hacker completarão um mês na próxima semana.

Mesmo com o aviso de autoridades, e sem informações reais sobre a pandemia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou, contrariando o apagão de dados na pasta, que, “a partir de dezembro, tivemos um óbito a cada dois dias” e que “o número de óbitos caiu, fruto do controle da pandemia no país”.

Uma das razões para o aumento pode ser a tentativa de precaução por parte de quem se reuniu com familiares e amigos no período das festas de fim de ano e decidiu fazer o teste para a doença.

Segundo especialistas, outro fator é, justamente, a época de confraternizações. A população, que já estava cansada de dois anos de restrições, tentou retomar aspectos de normalidade da vida anterior à Covid-19 e reencontrar amigos e familiares, o que embalou o contágio.

Além disso, houve um avanço da variante Ômicron. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o número de casos suspeitos da nova cepa da Covid-19 subiu para 182, logo após o Réveillon com queima de fogos. A estimativa anterior divulgada pelo governo do estado mostrava 158 casos investigados.

Devido à alta nos casos, a capital carioca chegou a cancelar a tradicional festa de Réveillon no calçadão da Praia de Copacabana, e manteve apenas a queima de fogos. Das 27 capitais do país, quatro decidiram realizar queima de fogos e só uma teve festa na virada de ano.

No Brasil, de acordo com a plataforma Our World in Data, projeto feito em parceria com a Universidade de Oxford para acompanhar o ritmo da imunização contra Covid-19 no mundo, pelo menos 58% dos testes indicaram a variante Ômicron nas sequências analisadas nas últimas semanas de dezembro.

Na quarta-feira, o governo do Amazonas confirmou o primeiro caso de infecção pela Ômicron. Com isso, a nova cepa já está presente em pelo menos 10 estados e no Distrito Federal.

“Estamos observando que a variante é mais contagiosa que as demais, e isso vem se mostrando com o cenário internacional. Diariamente, são milhares de confirmados. É muito provável que isso venha a se refletir no Brasil, ainda mais com o relaxamento casa vez maior de medidas sanitárias que não deveriam ter sido revogadas”, critica o infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro.

Metrópoles

 

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