Lula e Alckmin acusam polícia paulista de perseguir França

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Agência O Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido) foram às redes sociais nesta quarta-feira para manifestar solidariedade a Márcio França (PSB). Ele é um dos alvos de operação da Polícia Civil de São Paulo que, nesta manhã, cumpriu cerca de 34 mandados de buscas e apreensão.

Pré-candidato ao governo de São Paulo, França é um dos principais articuladores de uma possível chapa presidencial encabeçada por Lula com Alckmin no posto de vice, para as eleições deste ano. Ele também tenta negociar, com a possibilidade de uma federação partidária envolvendo PT e PSB, a retirada da pré-candidatura de Fernando Haddad (PT) ao Palácio dos Bandeirantes, o que abriria caminho para sua campanha.

Dentre os endereços investigados pela operação desta manhã, parte deles estão ligados à França: no município de São Vicente, na Baixada Santista, e na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. O irmão do ex-governador, Cláudio França, também está entre os investigados.

Em seu perfil no Twitter, Lula saiu em defesa da “presunção de inocência” de França e criticou a operação contra o socialista, realizada nos primeiros dias de um ano eleitoral.

“Nossa constituição é clara sobre a presunção de inocência. Que se investigue tudo, mas com direito de defesa e sem espetáculos midiáticos desnecessários contra adversários políticos em anos eleitorais. Minha solidariedade para Márcio França”, escreveu o petista.

Geraldo Alckmin, embora menos incisivo em relação à operação, ressaltou sua confiança na reputação e na postura do ex-governador.

“Quero prestar minha solidariedade ao amigo e colega Márcio França. Confio em sua reputação e na sua postura. Seu espírito público e sua dedicação nesses anos todos são notórios e louváveis”, publicou.

Em sua defesa, França divulgou nota em que classifica a operação como uma ação política para prejudicar sua pré-candidatura ao governo de São Paulo nas eleições de 2022. Segundo ele, que é desafeto político do atual governador paulista João Doria, “não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas ‘autoridades’, com ‘medo de perder as eleições’, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”.

As manifestações de Lula e Alckmin favoráveis à França são simbólicas, em meio às tratativas para viabilizar uma federação partidária envolvendo PT e PSB. Como informou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, a bancada socialista, em reunião na segunda-feira, definiu-se favoravelmente à formação de uma federação partidária com os petistas, nos moldes do que faculta a nova legislação eleitoral.

Anteriormente, em dezembro, o diretório nacional do PT já havia aprovado a abertura de conversas com PSB, PCdoB, PV e PSOL, de olho em possíveis aliados para o pleito deste ano. Ainda assim, no entanto, a união não é unanimidade nem entre petistas, nem entre representantes do PSB.

A candidatura para o governo de São Paulo é um exemplo dessas divergências. Bem cotado na disputa pelo cargo em um cenário sem Geraldo Alckmin, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad resiste em abandonar sua pré-candidatura, o que seria uma das exigências do PSB para viabilizar a união. França também aparece nas primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto e quer seguir como opção para o Palácio dos Bandeirantes.

Em entrevista recente ao GLOBO, França afirmou que a concretização da união entre Lula e Alckmin para formação de uma chapa na eleição presidencial do ano que vem é questão de tempo. Sobre as federações partidárias, o socialista se posicionou de forma contrária à associação com o PT. Para ele, o mecanismo “tira a força das legendas”.

Segundo a nova legislação eleitoral, se formarem uma federação, os partidos têm que permanecer unidos por quatro anos e terão que atuar juntos, neste período, em todas as eleições nas esferas federal, estadual e municipal. Pela lei, a federação terá que ser formalizada até abril.

O Globo

 

Assinatura
CARTA AO LEITOR

O Blog da Cidadania é um dos mais antigos blogs políticos do país. Fundado em março de 2005, este espaço acolheu grandes lutas contra os grupos de mídia e chegou a ser alvo dos golpistas de 2016, ou do braço armado deles, o juiz Sergio Moro e a Operação Lava jato.

No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.

O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.

O trabalho do Blog da Cidadania sempre foi feito às expensas do editor da página, Eduardo Guimarães. Porém, com a perseguição que o blogueiro sofreu não tem mais como custear o Blog, o qual, agora, dependerá de você para continuar existindo. Apoie financeiramente o Blog

FORMAS DE DOAÇÃO

1 – Para fazer um depósito via PIX, a chave é edu.guim@uol.com.br

2 – Abaixo, duas opções de contribuição via cartão de crédito. Na primeira, você contribui mensalmente com o valor que quiser; na segunda opção, você pode contribuir uma só vez também com o valor que quiser. Clique na frase escrita em vermelho (abaixo) Doação Mensal ou na frase em vermelho (abaixo) Doação Única

DOAÇÃO MENSAL – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf

DOAÇÃO ÚNICA – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf