Por que Moro não deslanchou
Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Não se gasta vela boa com defunto ruim; se muito, cera. O elenco de nomes que ambicionam disputar a próxima eleição presidencial como candidatos da chamada terceira via é defunto ruim, embora exageradamente iluminado pelos interessados em que prosperem.
Ao filiar-se ao PODEMOS em novembro último, o ex-juiz Sérgio Moro foi saudado como talvez o mais promissor dos nomes nem, nem – nem Lula, nem Bolsonaro. De saída, em algumas pesquisas, apareceu com dois dígitos. Nas seguintes, com um.
Foi elogiado por modular melhor a voz de taquara rachada, mas depois criticado por revelar-se cantor do samba de uma nota só – o combate à corrupção. Descobriu finalmente que não irá a lugar algum no partido que escolheu. Está à procura de outro.
Seu namoro com o União Brasil, partido que vai resultar da fusão do DEM com o PSL, não chegou a ser um namoro, mas um flerte de pouca duração. Moro resiste a se convencer que os políticos de todos os matizes o detestam por ter demonizado a política.
Ou se torna um fenômeno eleitoral, capaz de superar a falta de apoio partidário, ou não irá a lugar algum. Não está com jeito de virar fenômeno. É visto como mais uma expressão do bolsonarismo que se decepcionou com o Mito repleto de fraturas
Maquiagens à parte, o que existe é direita contra esquerda, e, no presente caso, uma direita fragmentada contra uma esquerda em processo avançado de união. Moro, João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Rodrigo Pacheco (PSD) são candidatos da direita.
Da esquerda atraída pelo imã Lula, por enquanto só está ficando de fora o PDT de Ciro Gomes. O PSOL já piscou: aceita Geraldo Alckmin de vice de Lula desde que o candidato do PT subscreva um programa de governo à esquerda. O papel aceita tudo.
Para desespero da direita fragmentada, Lula caminha em sua direção. Alckmin pode não lhe acrescentar votos, mas não é disso que se trata. Com ele na chapa, com eventuais partidos de direita ao seu lado, Lula manda o recado de que quer pacificar o país.
Não é sobre derrotar Bolsonaro no segundo turno, mas liquidar a eleição no primeiro vencendo o medo que alguns ainda devotam a Lula. Se assim será ou não, faltam oito meses para que se saiba. É tempo suficiente para que aconteça qualquer coisa, inclusive nada.
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